sexta-feira, 18 de novembro de 2016

História Coloniais, de Dalila Cabrita Mateus e Álvaro Mateus

Neste seu livro póstumo, os investigadores Dalila Cabrita Mateus e Álvaro Mateus fazem-nos recuar a épocas de vincada opressão colonial em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé, Goa, Macau e Timor-Leste, numa viagem ao passado que começou no final da década de 1920 e termina em meados dos anos 60. Ao longo de oito episódios, um por cada antiga colónia portuguesa, os autores descrevem acontecimentos que retratam a violência e a brutalidade de uma dominação colonial insensível aos problemas das populações e mostram ainda de que forma esta postura contribuiu para a formação de uma consciência nacionalista e como acelerou o caminho para a independência dos territórios - ou para a sua integração nos países a que pertenciam.

Algumas histórias são praticamente desconhecidas enquanto outras, graças a novas fontes encontradas pelos autores, têm aqui versões mais completas do que as que eram até agora do conhecimento público. É o caso de um dos acontecimentos mais sangrentos e simultaneamente obscuros da presença portuguesa em África: o massacre nos campos de algodão da Baixa do Cassanje, em Angola.

À venda a 18 de novembro.

Sobre os autores:
Dalila Cabrita Mateus (1952-2014) Licenciada em História, diplomada em Estudos Superiores Especializados em Administração Escolar, mestra em História Social Contemporânea e doutora em História Moderna e Contemporânea. Investigadora integrada do Instituto de História Contemporânea (da FCSH da Universidade Nova de Lisboa). Consultora do projeto norte-americano ALUKA para a escolha de material dos arquivos portugueses com vista à formação de uma biblioteca digital sobre a luta de libertação nacional em Moçambique. Participante em congressos e conferências, nacionais e internacionais, sobre a problemática das lutas de libertação nacional. Autora ou coautora de artigos e livros, entre os quais se destacam: A Luta pela Independência (Inquérito, 2ª edição, 1999); A PIDE-DGS na Guerra Colonial (Terramar, 2ª edição, 2011); Memórias do Colonialismo e da Guerra (ASA, 2008); Nacionalistas de Moçambique (Texto, 2010); Angola 61: Guerra Colonial, Causas e Consequência (Texto, 3ª edição, 2011); Purga em Angola (Texto, 8ª edição, 2013).

Álvaro Mateus (1940-2013). Nasceu em Moçambique. Estudante universitário em Lisboa foi dirigente da Casa dos Estudantes do Império (CEI). Nos primeiros anos da guerra colonial, promoveu e coordenou um jornal clandestino contra a guerra. No início dos anos 70, fez uma reportagem nas regiões libertadas pelo PAIGC, na Guiné-Bissau. No princípio da década de 80, participou na formação de professores na Escola Central da FRELIMO e na formação de quadros na Faculdade de Antigos Combatentes e Trabalhadores de Vanguarda da Universidade Eduardo Mondlane. Foi membro da Comissão Instaladora da Assembleia Constituinte e da Comissão Nacional de Eleições. Ao longo da vida foi quadro político, jornalista e locutor, publicista e tradutor, advogado e professor. 



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