terça-feira, 25 de outubro de 2016

"Todos Iguais, Poucos Diferentes" é o primeiro livro de Morais de Carvalho

Durante o dia de hoje já teve tempo para parar e respirar? Já teve tempo para se sentar num banco de jardim? A nossa vida é cada vez mais longa, mas o nosso tempo é cada vez mais curto... É isso que a personagem principal da obra “Todos Iguais, Poucos Diferentes” constata todos os dias. Sem nome, porque ele representa todos aqueles que são diferentes, este homem de quarenta e alguns anos foi diagnosticado com uma doença mental durante a sua adolescência, e desde então procura passar despercebido nesta sociedade cada vez mais seletiva. Fechado no seu apartamento ou sentado no seu banco de jardim, ele observa a vida dos outros, a vida de todos nós.
Ao olhar para o mundo, sem que o mundo olhe para ele, esta personagem cativa o leitor ao contar na primeira pessoa a opinião do que vê acontecer à sua volta, levando a que nós façamos uma crítica à nossa própria vida, interrogando-nos se realmente vivemos, ou se só existimos. O seu pilar que lhe transmite equilíbrio é a Dona Maria, uma vizinha já idosa que o aceita como um filho, após a sua própria família o ter abandonado. O destino leva-o a vigiar o quotidiano desta outra mulher que o fascina e a sua relação não amorosa, mas fatídica, acaba por transformar a vida deste homem. Alienado da realidade que passa à sua volta, ele faz-nos ponderar a cada parágrafo se será ele o louco, ou apenas a única pessoa sã a viver num mundo de loucos. Mais do que contar a sua estória, este louco faz-nos iniciar uma análise crítica à nossa própria existência.

Sobre a autora:
(Diana) Morais de Carvalho nasceu em Moimenta da Beira, estando a viver atualmente na ilha de Malta. O gosto por viajar já a levou não só a atravessar a América pela velha Route 66, como também até à Fronteira da Faixa de Gaza e à Palestina. Escrever sempre foi algo natural, e naturalmente surgiu esta sua primeira obra “Todos Iguais, Poucos Diferentes”.


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