terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Porto Editora - Francisco José Viegas - 25 anos de mistérios de Jaime Ramos

Título: A Poeira que Cai sobre a Terra e outras histórias de Jaime Ramos
Autor: Francisco José Viegas
Págs.: 296
PVP: 15,50 €

Em 1991, Francisco José Viegas apresentava pela primeira vez ao público aquele que é provavelmente o mais conhecido inspetor português, Jaime Ramos.
25 anos e oito romances depois, a Porto Editora lança, a 4 de fevereiro, aquela que é a primeira compilação de histórias protagonizada por este «anti-herói», A Poeira que Cai sobre a Terra e outras histórias de Jaime Ramos. Aqui encontramos cinco histórias policiais, género que o autor reconstruiu à sua maneira, muito distintas no seu enredo, todas partindo ou chegando do Porto, cidade de muitos segredos, e onde o protagonismo de Jaime Ramos acaba por ser partilhado com fortes personagens femininas, algumas já conhecidas dos leitores. Com uma escrita inteligente, ritmada, oscilando entre a esperança e a melancolia, Francisco José Viegas traz de volta, em cinco episódios, o icónico inspetor que, na verdade, nunca nos abandonou.

Sinopse:
O cenário de um crime e uma mulher: que é um misto de insatisfação e independência. Ora é uma jovem em roda livre, entregue à noite do Porto, ou uma mãe condecorada com as divisas e medalhas da aristocracia inglesa que se deslumbra com o Douro. Uma mulher arrebatadora que é um romance rock’n’roll, uma estrada de pó, ou uma atleta olímpica cujo corpo não pede explicações. Um corpo sem vida no meio de uma livraria, limpo, no meio dos romances – e Jaime Ramos lia romances, era uma vergonha –, ou uma mulher que espera o regresso do marido que não chega, o beijo de todos os dias, o cheiro do cigarro que lhe proibiu.
Cinco histórias reunidas agora em livro pela primeira vez. A todas elas é comum a figura da mulher e todas são guiadas pela voz do inspetor Jaime Ramos, cujo olhar, pela mão de mestre do autor, paira aqui como uma sombra, uma intromissão na vida interrompida, um vulto vigilante que se confunde com o fumo da cigarrilha ou do charuto. Um Jaime Ramos sozinho que conhece as mulheres e os homens demasiado bem.

Sobre o autor:
Francisco José Viegas nasceu em 1962. Professor, jornalista e editor, é responsável pela revista Ler e foi também diretor da revista Grande Reportagem e da Casa Fernando Pessoa. Colaborou em vários jornais e revistas, e foi autor de vários programas na rádio e televisão. Da sua obra destacam-se livros de poesia (Metade da Vida, O Puro e o Impuro, Se Me Comovesse o Amor) e os romances Regresso por um Rio, Crime em Ponta Delgada, Morte no Estádio, As Duas Águas do Mar, Um Céu Demasiado Azul, Um Crime na Exposição, Um Crime Capital, Lourenço Marques, Longe de Manaus (Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores 2005), O Mar em Casablanca e O Colecionador de Erva. Os seus livros estão publicados na Itália, Alemanha, Brasil, França, Colômbia, Sérvia e República Checa.

Sobre Jaime Ramos:
Jaime Ramos é um inspetor, responsável pela secção de homicídios, da Polícia Judiciária do Porto, cidade onde vive. Algo solitário, pessimista e ligeiramente conservador, mas que nunca se escandaliza com nada e, portanto, para quem tudo o que acontece no mundo é tão humano que não suscita grandes reparos. Tem uma namorada, que vive no mesmo prédio, dois andares acima, e a sua vida afetiva fica reduzida um bocadinho a essa simulação de um casamento sem casa em comum. Gosta de ler, fumar os charutos que compra em Espanha, de cozinhar e de bem comer, e basicamente é um portuense burguês a viver no Porto como uma ilha dentro de outra ilha.
Saiba mais em www.jaimeramos.booktailors.com

Imprensa:
«Contam-se pelos dedos (de uma mão?) os anti-heróis da ficção portuguesa que perduram, ganhando substância na memória dos leitores. Um desses heróis é Jaime Ramos.» Visão
«Com os seus livros, Francisco José Viegas dá uma reviravolta no modelo do romance policial. Um estilo de alto voo.» Le Point
«A sua meteorologia atormentada transforma-se numa metáfora do destino humano.» Le Monde
«Viegas reinventa um género (o policial), e, acima de tudo, faz uma notável biografia de Portugal.» Expresso
«O que menos interessa é o enigma policial. Viegas constrói seus personagens como seres abandonados no mundo, e desenha paisagens únicas, de cinema.» Folha de São Paulo


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