Autor: José Rodrigues dos Santos
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 688
Editor: Gradiva
PVP: 22€
Sinopse:
Pode uma ideia mudar o mundo?
O século XX nasce, e com ele germinam as sementes do autoritarismo. Da Europa à Ásia, as ondas de choque irão abalar a humanidade e atingir em cheio quatro famílias.
Inspirando-se em figuras históricas como Salazar e Mao Tse-tung, o novo romance de José Rodrigues dos Santos conduz o leitor numa viagem arrebatadora que nos leva de Lisboa a Tóquio, de Irkutsk a Changsha, do comunismo ao fascismo o que faz de As Flores de Lótus uma das mais ambiciosas obras da literatura portuguesa contemporânea.
A minha opinião:
Tal como fez com a vida de Caloust Gulbenkian em dois livros publicados em 2013 e cuja opinião podem ler aqui: O Homem de Constantinopla e aqui Um Milionário em Lisboa, José Rodrigues dos Santos vai repetir a mesma fórmula e publicará dois livros. O primeiro já está nas livrarias desde o dia 22 de outubro e já tive oportunidade de ler: As Flores de Lótus e retrata os vários sistemas políticos implementados em países como Portugal, China, Japão e Rússia. Pelo meio ainda nos vai dando as situações vividas por outros países, de forma a envolver o leitor na história da primeira metade do século XX.
O segundo livro, esse só chegará em 2016, e terá como título O Pavilhão Púrpura.
Como é habitual nos livros do autor, este 14.º romance estende-se por quase 700 páginas, onde maioritariamente se questionam as ideologias do fascismo e do comunismo e os grandes acontecimentos que marcaram as sociedades portuguesa, soviética, chinesa e japonesa. Sob personagens fictícias, outras nem tanto já que José Rodrigues dos Santos disse em entrevistas que Artur, o narrador e personagem principal de As Flores de Lótus existiu realmente embora não o tenha conhecido pessoalmente (conheceu o filho deste), percorremos o dia a dia da vida de quatro famílias, que vivendo em países com culturas completamente diferentes vão viver acontecimentos históricos que vão marcá-las para toda a vida.
Artur vive com os pais em Moçambique mas que se vê “obrigado” a voltar para Portugal para prosseguir os estudos. Envereda pela carreira militar e é ele que vai ser determinante em diversas decisões importantes do destino do País, desde a queda da monarquia até à ditadura e chegada de Salazar à pasta de Ministro das Finanças.
“Mas perante a falência do parlamentarismo, que conduziu Portugal ao caos, para onde mais nos poderemos voltar?” pag. 522
Do Japão chega-nos um frágil rapaz Satake Fukui, que questiona as tradições do Japão ancestral e se mostra muito curioso com o que o ocidente lhe traz através dos livros que lê praticamente clandestinamente na biblioteca.
Na China começa a ascensão de Mao Tse-Tung e Lian-hua que em português significa Flor de Lótus, uma criança bela, de olhos azuis, é raptada da família cujas poucas terras que detém se tornou agora o inimigo número um.
E na Rússia Estaline e os seus aliados espoliam quem cultiva o pouco que tem para comer e para dar aos seus. A família de Nadezhda é disso exemplo.
No entanto, é com Artur que, para mim, o livro se torna mais rico. Enquanto estudante, o jovem questiona-se sobre vários aspectos. Ainda Portugal a viver uma monarquia, e tendo como professor a leccionar Moral e Religião onde eram debatidos diversos e variados temas, Artur aprendeu sobre política antiga, onde tudo começou. Desde os gregos Sócrates, Platão, Aristóteles, Confúcio, passando por Rosseau, Hegel, Engels e Marx até Maquiavel.
As Flores de Lótus fez-me lembrar a trilogia de Ken Follett Um Mundo sem Fim, a Trilogia o Século, onde é abordado o tema da luta de classes, do sistema político em alguns países, embora os países abordados não tenham sido os mesmos, com excepção da Rússia.
Um livro para devorar e só não dei 5 estrelas devido ao final abrupto e um pouco sem sentido que me fez ficar um pouco zangada com o autor. Parece que se rasgaram algumas páginas do livro e este ficou assim, a meio. Não gostei. À parte isso recomendo a sua leitura.
Tal como fez com a vida de Caloust Gulbenkian em dois livros publicados em 2013 e cuja opinião podem ler aqui: O Homem de Constantinopla e aqui Um Milionário em Lisboa, José Rodrigues dos Santos vai repetir a mesma fórmula e publicará dois livros. O primeiro já está nas livrarias desde o dia 22 de outubro e já tive oportunidade de ler: As Flores de Lótus e retrata os vários sistemas políticos implementados em países como Portugal, China, Japão e Rússia. Pelo meio ainda nos vai dando as situações vividas por outros países, de forma a envolver o leitor na história da primeira metade do século XX.
O segundo livro, esse só chegará em 2016, e terá como título O Pavilhão Púrpura.
Como é habitual nos livros do autor, este 14.º romance estende-se por quase 700 páginas, onde maioritariamente se questionam as ideologias do fascismo e do comunismo e os grandes acontecimentos que marcaram as sociedades portuguesa, soviética, chinesa e japonesa. Sob personagens fictícias, outras nem tanto já que José Rodrigues dos Santos disse em entrevistas que Artur, o narrador e personagem principal de As Flores de Lótus existiu realmente embora não o tenha conhecido pessoalmente (conheceu o filho deste), percorremos o dia a dia da vida de quatro famílias, que vivendo em países com culturas completamente diferentes vão viver acontecimentos históricos que vão marcá-las para toda a vida.
Artur vive com os pais em Moçambique mas que se vê “obrigado” a voltar para Portugal para prosseguir os estudos. Envereda pela carreira militar e é ele que vai ser determinante em diversas decisões importantes do destino do País, desde a queda da monarquia até à ditadura e chegada de Salazar à pasta de Ministro das Finanças.
“Mas perante a falência do parlamentarismo, que conduziu Portugal ao caos, para onde mais nos poderemos voltar?” pag. 522
Do Japão chega-nos um frágil rapaz Satake Fukui, que questiona as tradições do Japão ancestral e se mostra muito curioso com o que o ocidente lhe traz através dos livros que lê praticamente clandestinamente na biblioteca.
Na China começa a ascensão de Mao Tse-Tung e Lian-hua que em português significa Flor de Lótus, uma criança bela, de olhos azuis, é raptada da família cujas poucas terras que detém se tornou agora o inimigo número um.
E na Rússia Estaline e os seus aliados espoliam quem cultiva o pouco que tem para comer e para dar aos seus. A família de Nadezhda é disso exemplo.
No entanto, é com Artur que, para mim, o livro se torna mais rico. Enquanto estudante, o jovem questiona-se sobre vários aspectos. Ainda Portugal a viver uma monarquia, e tendo como professor a leccionar Moral e Religião onde eram debatidos diversos e variados temas, Artur aprendeu sobre política antiga, onde tudo começou. Desde os gregos Sócrates, Platão, Aristóteles, Confúcio, passando por Rosseau, Hegel, Engels e Marx até Maquiavel.
As Flores de Lótus fez-me lembrar a trilogia de Ken Follett Um Mundo sem Fim, a Trilogia o Século, onde é abordado o tema da luta de classes, do sistema político em alguns países, embora os países abordados não tenham sido os mesmos, com excepção da Rússia.
Um livro para devorar e só não dei 5 estrelas devido ao final abrupto e um pouco sem sentido que me fez ficar um pouco zangada com o autor. Parece que se rasgaram algumas páginas do livro e este ficou assim, a meio. Não gostei. À parte isso recomendo a sua leitura.
3 comentários:
Este já cá está há 1 mês embrulhadinho. Vai ser a minha companhia nos 3 dias que vou estar em Barcelona porque os bons livros gosto de ler de enfiada.
Então vai ser uma boa companhia de certeza. Vais lê-lo de uma acentada.
Apesar de ser um livro já de 2015 só este mês iniciei a sua leitura.
Para já estou a gostar.
Mais tarde darei a minha opinião.
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