quinta-feira, 5 de junho de 2014

Saiba quais foram " Os 10 Erros da Troika" durante a sua "estadia" em Portugal

Poucas semanas após a "saída" da Troika', chega-nos Os 10 Erros da Troika em Portugal, da autoria de Rui Jorge Peres, jornalista de economia que acompanhou de perto o programa de assistência a Portugal.

Foram três anos que marcaram a vida dos portugueses, com reformas que levaram ao aumento do desemprego e da carga de impostos, a cortes nas pensões e nos salários, e que contribuíram para o empobrecimento generalizado do país. Este é o momento de perceber o que correu mal e o que poderia ter sido feito de forma diferente.

Sinopse:
Três anos depois da chegada da Comissão Europeia, FMI e BCE a Portugal. Três anos depois do início do Programa de Assistência Económica e Financeira. Três anos depois do empréstimo de 78 mil milhões de euros e de sucessivas medidas de austeridade agressivas sobre a vida dos portugueses, o balanço da passagem da Troika é desolador. A economia portuguesa passou por três anos de recessão e encontra-se aos níveis de 2003. O desemprego atingiu níveis nunca antes vistos, estimando-se que quase um quinto da população ativa não tenha emprego. Quem mantém o seu posto de trabalho, viu-se sujeito a cortes salariais, aumento de impostos. Pensionistas e grupos sociais mais vulneráveis sofreram vários cortes nos apoios públicos. Como se justifica que o programa de assistência tenha falhado quase todas as previsões? Que 27 mil milhões de euros de austeridade só tenham reduzido o défice em nove mil milhões? Que o presidente da República preveja que até 2035 Portugal vá ficar sob vigilância apertada? E que os portugueses se sintam cada vez mais encurralados perante uma austeridade que se vai perpetuar e empurrou por ano mais de 100 mil pessoas para fora do País à procura de melhor vida? Rui Peres Jorge, jornalista de economia que acompanhou de perto o programa de assistência no nosso país, analisa de forma clara e objectiva 10 erros cometidos pela troika em Portugal. Fraco conhecimento da realidade económica portuguesa e da verdadeira extensão da crise a nível europeu condicionaram à partida as regras de um programa que se revelou desajustado, aplicando medidas de contracção similares para todos os países resgatados. O tratamento privilegiado das instituições financeiras, a reforma do mercado de trabalho, que deu primazia à redução de salários em vez de promover soluções estruturais. Um desafio permanente aos limites constitucionais. E a chegada tardia e tímida de políticas virtuosas, como o combate a lucros excessivos de grandes empresas. Estes são alguns dos erros abordados nesta obra essencial para refletir sobre o Portugal que a Troika nos deixa e pensar em soluções para o futuro.

Sobre o autor:
Rui Peres Jorge é jornalista no Jornal de Negócios onde também edita o blogue Massa monetária. Chegou ao jornalismo em 2002 no Semanário Económico. É mestre em Economia Monetária e Financeira pelo ISEG, escreve sobre política orçamental, bancos centrais e acompanhou a passagem da troika por Portugal desde o início. Conta com cursos de formação em jornalismo na Universidade de Columbia em Nova Iorque e no Committee of Concerned Journalists em Washington. Ganhou vários prémios na sua área de especialização, lecionou a cadeira de Jornalismo Económico na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica entre 2011 e 2013 e participa no projeto informativo Economia Info. Nasceu em 1977 e vive em Lisboa.


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