Título: Morte na Arena
Autor: Pedro Garcia Rosado
Editora: Topseller
N.º de Páginas: 352
PVP: 14,86€
Sinopse:
«Quatro homens aparecem mortos num prédio devoluto, ao lado de um
braço decepado que não pertence a nenhum deles. Com o passar dos dias
começam a surgir outros membros humanos espalhados por Lisboa, até ser
evidente que são partes do corpo de uma jovem de dezasseis anos, filha
de um dirigente político, que foi assassinada e que estava desaparecida
havia meses.
As investigações destes casos estão a cargo da
inspetora-coordenadora da PJ, Patrícia Ponte, ex-mulher de Gabriel
Ponte, que enfrenta agora obstáculos dentro da própria PJ, além da
pressão do ex-marido, que quer informações sobre o caso, e da jornalista
Filomena Coutinho, que foi a causa da separação deles.
Os três
acabam por descobrir um inferno escondido nos túneis subterrâneos de
Lisboa: uma arena onde especialistas em combate corpo a corpo massacram
homens e mulheres, numa imitação dos combates de gladiadores da Roma
Antiga.»
A minha opinião:
Quem lê pela primeira vez Pedro Garcia Rosado e é fã de policiais sangrentos não vai conseguir parar de ler todos os livros do autor. Conheci-o apenas com Morte com vista para o Mar, mas este Morte na Arena (ambos da Topseller) deixou-me completamente rendida.
Se em Morte com vista para o Mar o cenário era Caldas da Rainha, cidade onde reside o autor, em Morte na Arena partimos para Lisboa, e para os túneis subterrâneos que dela fazem parte. E é por aqui que se passará parte da trama.
Gabriel Ponte, apesar de já não pertencer à judiciária, vê-se envolvido, mais uma vez, numa investigação que lhe cai praticamente às mãos.
O aparecimento de quatro homens mortos numa casa abandonada e junto a eles um braço decepado que não pertence a nenhum desses homens gera um ambiente de estupefacção por parte dos agentes de investigação. E quando se descobre que o membro pertence ao corpo de uma jovem de 16 anos, filha de um dirigente político, desaparecida há cinco meses, ainda faz com que a polícia se envolva mais.
Dos quatro mortos, três pertencem ao corpo de intervenção da PSP e um ao Grupo de Intervenção de Operações Especiais da GNR e é aqui que entra Gabriel: um dos mortos foi seu amigo...
Apesar de saber que vai entrar em conflito com a sua ex-mulher, Patrícia, Gabriel sente uma obrigada para com a viúva do seu amigo, que lhe pede para que descubra o culpado da sua morte. A par de Patrícia, entra também na história a jornalista da área criminal de um dos jornais mais lidos, Filomena Coutinho.
Com o decorrer da investigação vão-se descortinando algumas coisas, se bem que nunca claras, aumentando cada vez mais o suspense. A política, mais uma vez, é um tema recorrente, mostrando o quão é poderoso o poder dos políticos e magistrados, dando muito que pensar, nomeadamente do que poderá passar da ficção para a realidade.
Nem tudo o que parece é e o que nos pode passar intocável e até improvável em Morte na Arena acaba por não ser. E o que se passa nos túneis sombrios de Lisboa, onde habitam seres à parte da sociedade, tendo como uma espécie de defensor o Diabo, uma personagem caricata, mas bastante importante para toda a envolvência da história.
Este é o nono livro de Pedro Garcia Rosado e só lamento não o ter conhecido mais cedo. Resta-me comprar alguns livros que ainda estão disponíveis nas plataformas online.
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