terça-feira, 7 de maio de 2013

Novidades Assírio & Alvim de maio


Título: Como uma Flor de Plástico na Montra de um Talho
Autor: Golgona Anghel
N.º de Páginas: 72
PVP: 11€
Edição Brochada
Nas livrarias a partir de 13 de Maio

Pouco depois da publicação do seu último livro de poesia, Vim Porque me Pagavam, António Guerreiro escrevia no Expresso: «Diabólica e requintada, a poesia de Golgonha Anghel é uma máquina implacável de irrisão e uma festa da linguagem. […] Irrompe como um objeto intempestivo e sem igual na poesia portuguesa. […] Por aqui desfila a prosa do mundo, mas é sempre de viés que ela se apresenta, como que de passagem, já que o poema parece deslocar-se sempre noutra direção e apontar para outro lado. Não numa direção determinada nem para um lado preciso, mas num deslizar contínuo pelas palavras e pelas referências, sem se deter. E este movimento é estonteante, lúdico, faz de cada poema uma festa.»
O livro que agora se publica vem confirmar tudo o que foi dito, por vezes de modo surpreendente, e demonstrar a maturidade poética de Golgona Anghel, uma das vozes mais originais e consequentes da nova  poesia portuguesa.

Sobre a autora:
Golgona Anghel (n. 1979) licenciou-se em Estudos Portugueses e Espanhóis na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde, mais tarde, conclui o doutoramento em Literatura Portuguesa Contemporânea. Desde 2009, desenvolve a sua actividade de investigação no âmbito de um projecto de pós-doutoramento, na FCSH-UNL. Publicou vários livros de ensaio — Eis-me acordado muito tempo depois de mim, uma biografia de Al Berto (Quasi Edições, 2006), Cronos decide morrer, viva Aiôn, Leituras do tempo em Al Berto (Língua Morta, 2013). Mais recentemente, preparou uma edição diplomática dos Diários do poeta Al Berto (Assírio & Alvim, 2012). Com uma mão numa salada de ovas de bacalhau e outra numa caneta de tinta permanente, escreve, hoje, sem trégua, espalha doenças, parte os dentes dos curiosos, alimenta casos perdidos. Tudo isto está devidamente registado: Crematório Sentimental (Quasi Edições, 2007), Como Desaparecer (Diputación de Málaga, 2011), Vim Porque me Pagavam (Mariposa Azual, 2011) e o agora publicado Como uma Flor de Plástico na Montra de um Talho. Alguém, um dia, irá cumprir penas graves em seu nome.


Título: Oração Fria
Autor: António Gamoneda
Tradução: João Moita
N.º de Páginas: 320
PVP: 16€
Edição Brochada
Nas livrarias a partir de 13 de Maio

Esta antologia, preparada e traduzida por João Moita e acompanhada por Antonio Gamoneda, segue a ordenação e a fixação dos textos de Esta  Luz – Poesía Reunida (1947-2004), livro publicado em Espanha em 2004 pela Galaxia Gutenberg, com organização do próprio poeta. Foram ainda incluídos cinco poemas do seu último livro, Canción Errónea, publicado em 2012 pela editora Tusquets.
Anos após a publicação de Livro do Frio na Assírio & Alvim, esta antologia apresenta ao leitor português uma visão panorâmica da obra de um dos maiores poetas espanhóis da atualidade.

A beleza
não proporciona sonhos doces;
derrama-se
na insónia azul do gelo
e na matéria do relâmpago.
Em cal viva, em
lâminas queimadas,
gira sem descanso; a sua
perfeição é a vertigem.
A beleza não é
um lugar aonde os
cobardes vão parar.
Viva em sua luz
o meu pensamento. Quero
morrer em liberdade.

Sobre o autor:
Antonio Gamoneda nasceu em Oviedo em 1931, vive em León e faz parte de uma geração de grandes nomes da poesia espanhola contemporânea como Álvarez Ortega, Claudio Rodríguez, José Agustín Goytisolo, María Victoria Atencia, Francisco Brines e Jaime Gil de Biedma, entre outros. Ainda que o seu primeiro livro tenha sido publicado, como os daqueles poetas, no início da década de sessenta, só no final dos anos oitenta a sua obra, ímpar e peculiar, viria a ter o reconhecimento merecido. A ela foram atribuídos diversos prémios dos quais destacamos o Prémio Cervantes e o Prémio Reina Sofía de Poesía Iberoamericana, ambos em 2006.



Título: As Novas Mil e Uma Noites
Autor: Robert Louis Stevenson
Tradução: José Domingos Morais
N.º de Páginas: 216
PVP: 15€
Edição Brochada
Nas livrarias a partir de 13 de Maio

As Novas Mil e Uma Noites é um livro de histórias. Nem outra coisa  poderia ser, já que tal título — New Arabian Nights, no original inglês — nos remete direta e imediatamente para a fabulosa e famosíssima coletânea das Mil e Uma Noites. Xerazade, tal como o ignorado árabe que escreveu as histórias que ela contou, era senhora dos recônditos segredos dessa arte por tantos praticada e por tão poucos conseguida. Também assim aconteceu com Robert Louis Stevenson, que, após a conclusão de cada uma das histórias que coligiu sob os títulos de O Clube dos Suicidas e O Diamante do Rajá, nos faz saber que delas teve conhecimento por intermédio de um suposto manuscrito redigido por um misterioso autor árabe. Com estas discretas alusões, Stevenson não nos revela apenas a sua admiração pelas histórias das Mil e Uma Noites. Diz-nos também que o seu objetivo, ao escrever umas Novas Mil e Uma Noites, era idêntico ao de Xerazade; ou seja, o Escocês das Arábias — chamemos-lhe assim — pretende apenas que quem o leia possa passar o tempo sem se dar conta de que o tempo voa, tal como aconteceu com o príncipe árabe, aquele que julgava ser o dono e o senhor de Xerazade. A publicação deste segundo volume encerra a publicação desta obra admirável na Assírio & Alvim.

Sobre o autor:
Robert Louis Stevenson nasceu em Edimburgo, a 13 de Novembro de 1850. Cursou Direito — sem que alguma vez tenha chegado a advogar — e, pouco depois, apaixona-se por Fanny Osbourne, com quem, apesar das diversas atribulações por que passaram, se viria a casar. Anos mais tarde, contrai tuberculose e muda-se com a  mulher e o enteado para a Suíça, onde vive durante um ano. Regressa à Escócia, mas o clima só prejudica ainda mais a sua saúde, obrigando-o a mudar-se novamente, desta vez para o sul de França. Os anos seguintes foram passados à procura de um clima que não agravasse a sua doença, até que finalmente, em 1892, se fixou com a família em Samoa. Foi aí que morreu, no dia 3 de Dezembro de 1894, vítima de uma hemorragia cerebral. Foi autor, entre outros, de O Estranho Caso do Dr. Jekyll e do Sr. Hyde e de A Ilha do Tesouro, que o imortalizaram.


Título: Manifesto Anti-Dantas e por Extenso por José de Almada Negreiros poeta d’Orpheu Futurista e Tudo
Autor: Almada Negreiros
Organização: Sara Afonso Ferreira
N.º de Páginas: 112
PVP: 16,60€
Inclui um cd de oferta
Nas livrarias a partir de 27 de Maio

Publicado em 1915 o Manifesto Anti-Dantas foi uma reação pública e veemente de Almada Negreiros contra a oposição crítica e conservadora ao movimento modernista português, aqui personificada por Júlio Dantas.
A edição que agora se apresenta inclui um fac-símile da primeira edição e uma gravação inédita onde se pode ouvir este manifesto lido pelo próprio Almada Negreiros, bem como uma pequena entrevista concedida pelo autor, no decurso dessa leitura. Sara Afonso Ferreira assina a organização, apresentação e notas. O lançamento de O Manifesto Anti-Dantas e por extenso por José de Almada Negreiros, Poeta d'Orpheu, Futurista e Tudo irá realizar-se no próximo dia 27 de maio, pelas 18:30, no Jardim de Inverno do Teatro São Luiz, em Lisboa. A moderação é de Anabela Mota Ribeiro com Fernando Cabral Martins, Nuno Artur Silva, Pedro Santos Guerreiro e Sara Afonso Ferreira.  

Sobre o autor:
Nascido em São Tomé em 1893, Almada Negreiros viveu em Portugal e revelou-se como um artista e um escritor polifacetado: artista plástico, poeta, ensaísta, romancista e dramaturgo, associou-se em 1913 ao grupo modernista. Com Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, formou o grupo da revista Orpheu, tendo mais tarde lançado a revista Sudoeste e promovido uma série de conferências. Sempre desejou que a produção artística se orientasse pela linha de renovação dos países já animados do espírito europeu — o que pode explicar a tendência provocatória de alguns dos seus manifestos (com destaque para o Manifesto Anti-Dantas) e o ter participado e fomentado muitas das manifestações culturais realizadas no seu tempo em Portugal. Faleceu em 1970 em Lisboa.

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