quarta-feira, 3 de abril de 2013

Mel - Ian McEwan [Opinião]

Título: Mel
Autor:
Ian McEwan
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 388
Editor: Gradiva Publicações
Coleção: Obras de Ian McEwan
Sinopse:
Grã-Bretanha, 1972. Serena Frome, a bela filha de um bispo anglicano, é aliciada para os Serviços Secretos no seu ano final em Cambridge.
A guerra fria cultural prossegue e o país é assolado por convulsões sociais e actos de terrorismo.
Serena é então enviada numa «missão secreta» que a faz imergir no mundo literário de Tom Haley, um jovem escritor promissor.
Ela começa por gostar das suas histórias, mas rapidamente passa a gostar do próprio homem que as escreve.
Conseguirá Serena manter a ficção da sua vida oculta?
Para isso, ela vai ter de ignorar a primeira regra do espião: Não confies em ninguém.
A mestria de Ian McEwan deslumbra-nos nesta história empolgante, soberbamente construída, sobre traição e intriga, amor e o «eu»inventado. Um autor que não cessa de surpreender pela elegância e destreza com que se movimenta em diferentes registos literários.

A minha opinião:
Apesar de ter Expiação em casa, numa compra efectuada quando vi o filme, ainda não o li. Isto porque ainda tenho a história do filme muito presente e não gosto de ler os livros assim.

No entanto, pela grande intensidade dos personagens do filme e pela história magnífica que visionei, fiquei sempre de olho em Ian McEwan.

Mel retrata a história de Serena Frome, uma rapariga lindíssima e inteligente tornada espia pelo seu amante, Tony Canning. Ao serviço do MI5 ela tenta combater o anti-terrorismo no período conturbado da Guerra-Fria.

Assim, o seu departamento "recruta-a" para a operação Mel, com o intuito de "angariar" escritores para a sua causa. Através de uma fundação fantasma, Serena capta promissores escritores levando-os a escrever em nome de uma causa: difundir os ideais do ocidente, contra os ideais comunistas, em troca de uma verba mensal.

É aí que conhece Tom Haley e se apaixona pelo próprio "isco". Aprsesentando-se como uma espécie de angariadora de talentos literários, Serena promete ajuda Tom na publicação dos seus livros, podendo inclusive suspender o seu trabalho enquanto professor. Mas como uma boa amante do género literário (Serena devora livros), ela própria cai na rede e apaixona-se pelo seu alvo pondo em risco a missão.

Depois entramos numa cadeia onde se junta realidade com ficção com surgindo nomes de escritores famosos como George Orwell e a obra provavelmente financiada por um departamento do género, O Triunfo dos Porcos, assim como William Golding e Martin Amis.


Muito além de um livro de espionagem, Mel é um livro de relações humanas que se torna mais intenso no final.

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