Quem é que nunca teve curiosidade de saber as histórias que o Rio Tejo poderia contar ?
O rio Tejo tem mil quilómetros de
histórias para contar. Um ser vivo, o maior rio ibérico foi testemunha e
protagonista de episódios marcantes e cruciais da História de Portugal.
Foi o rio Tejo que criou Lisboa, rodeado de fábulas e mistérios.
Acolheu os primeiros agricultores, viu chegar os marinheiros fenícios,
os romanos e foi fundamental para a conquista de Lisboa por D. Afonso
Henriques. As suas águas assistiram a grandes e sangrentas batalhas
navais, revoltas e atentados - nomeadamente em 1910, quando da queda da
monarquia, ou na revolução dos Cravos. Devoraram barcos, sem dó nem
piedade, e enfureceram-se em tempestades e cheias que fustigaram quem
vivia nas suas margens. Centro da atividade económica da cidade, pelo
Tejo saíram caravelas e naus que nos levaram a conhecer novos mundos e
chegaram princesas que se tornaram rainhas. D. Maria Pia ou D. Estefânia
admiraram-se perante o colorido e a beleza do rio que as acolhia na sua
nova casa. Ali morreram reis e rainhas suspiraram de melancolia. Nas
suas margens, as calhandreiras despejavam os dejetos dos lisboetas. O
povo amontava-se para ver chegar visitas reais e admirar um Tejo
engalanado, cheio de barcos e faluas, tornado numa verdadeira passadeira
de sangue azul. Lendas nasceram na sua corrente e poetas, como Camões,
Bocage ou o inglês Lord Byron, nela se inspiraram. Glória e tragédia.
Mistério e intrigas. Vitória e derrota. São tudo ingredientes de uma
história contada ao longo destas páginas pelo jornalista Luís Ribeiro.
Baseado numa apurada e extensa investigação, este livro empolgante e
curioso traz-nos as histórias de um rio que faz parte do nosso dia a
dia, da nossa História e, sobre o qual sabemos tão pouco.
Sobre o autor:
Luís Ribeiro
nasceu em Lisboa em 1976. Vinte e três anos mais tarde, em 1999,
integrou os quadros da revista Visão. Teve o seu batismo de fogo quatro
meses depois, ao ser enviado para São Jorge, nos Açores, para cobrir o
acidente do voo ATP SP530M, que matou 35 pessoas. Daí para cá, já fez
reportagens na Gronelândia e em Svalbard, onde assistiu, em direto, às
consequências do aquecimento global no Ártico; viajou para o Paquistão,
de onde escreveu a história do atentado que matou Benazir Bhutto; passou
pelo deserto do Saara e pelas bases militares da NATO em Sarajevo e no
Kosovo; cobriu as trágicas enxurradas de 2007 em Moçambique e de 2010 na
Madeira. Entretanto, em 2004, venceu o prémio nacional de imprensa
«Jornalismo pela Tolerância», atribuído pelo Alto Comissariado para a
Imigração e Minorias Étnicas, com a reportagem «De Portugal, com amor»,
feito na Ucrânia durante a Revolução Laranja. É casado e tem um filho.
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