quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O Inverno do Mundo - Ken Follett - Opinião 2.ª parte [Opinião]

Após a minha opinião sobre a primeira parte de "O Inverno do Mundo" segue a opinião sobre a segunda parte.
Com a entrada da Inglaterra na Grande Guerra muitos são os personagens que se vão envolver na mesma. Mas muitos segredos também serão revelados. Lloyd descobre a verdade sobre o seu passado e apaixona-se pela pessoa errada. Apesar de britânico será destacado para vários locais de guerra, nomeadamente França onde é feito prisioneiro.
Mas não é só Lloyd que sofre com a guerra. Além da sua família, também Boy vai sofrer um revés. Terá de combater também, embora de uma outra forma: a nível aéreo.

Em Berlim as atrocidades dos nazis começam a ser descobertas, e chocam até aqueles que eram a favor de Hitler. São relatos impressionantes daquilo que são capazes de fazer, desde tortura até à dizimação de milhares de pessoas só porque são diferentes do ideal ariano. Carla continua a trabalhar como enfermeira, mas quase não tem condições de trabalho. Mesmo assim a sua consciência vai falar mais alto quando tem de tratar e socorrer nazis.

Durante grande parte da guerra os EUA quiseram manter-se à parte, embora a estivessem a seguir ao minuto. Com o ataque a Pearl Harbor por parte do Japão, os EUA entram finalmente na guerra, o que causa desconforto para os russos. Em 1941 Greg ocupa um cargo importante, trabalhando no serviço de informações do governo. Leva uma vida praticamente despreocupada, mas vai descobrir uma coisa na sua vida passada que o vai surpreender e vai juntar a família um pouco mais. Participa ainda, ao lado de J. Robert Oppenheimer, judeu nova-iorquino, cientista responsável pelo fabrico da bomba atómica, numa experiência “bombástica”

A Rússia também não escapa às atrocidades nazis, e a miséria volta à população. A espionagem e os avanços na área da química e na manufactura de armas nucleares é cada vez maior. Vólida ganha um papel de destaque. 

A crueldade que é feita com os comunistas, incluindo crianças e judeus foi o que me chocou mais. No entanto, o livro não mostra o outro lado tal como deveria ser retratado. Também os seguidores de Estaline e o próprio matavam a torto e a direito, não sendo muito melhores que os nazis. No entanto, a forma como os invasores alemães se tinham comportado em 1941 enfurecera todos os russos a ponto de crescer uma tremenda raiva. Cartazes a incitar a morte aos alemães eram vistos por toda a parte e incitavam os russos a vingarem-se. 


Em 1945 a Guerra termina mas vai deixar grandes feridas...

Excertos:

“É tal e qual fazer tiro aos pombos no quintal, meu capitão.”
“Na política, sabemos que estamos a ganhar quando os nossos adversários nos roubam as ideias.”
“Se não mataste pelo menos um alemão por dia, esse dia foi um desperdício.”

Sem comentários:

WOOK - www.wook.pt