segunda-feira, 18 de junho de 2012

Ciclo Prémios Camões – Poesia nas Conversas na Bulhosa: A quinta sessão é dedicada ao escritor brasileiro Ferreira Gullar

O ciclo de debates Prémios Camões – Poesia, integrado nas Conversas na Bulhosa, prossegue, esta quarta-feira, 20 de junho, às 18h30, na livraria de Entrecampos, com uma sessão dedicada a Ferreira Gullar. Orientado pelo docente e investigador, António Carlos Cortez, e tendo como convidado o jornalista e crítico literário, José Mário Silva, este ciclo de conversas prestou, anteriormente, justas homenagens aos escritores Sophia de Mello Breyner Andresen, Eugénio de Andrade, Miguel Torga e Eduardo Lourenço.
Ferreira Gullar (1930) é um poeta, crítico de arte e ensaísta brasileiro. Fez parte do movimento literário neoconcreto. Ferreira Gullar é pseudónimo de José Ribamar Ferreira. O poeta e escritor nasceu no Maranhão, onde também fez parte de um movimento literário pós-modernista, cuja ideia foi divulgada na revista A Ilha. No Rio de Janeiro, Ferreira Gullar também se envolveu com a poesia pós-moderna. O seu modo de composição era bem curioso, pois gravava os poemas em madeira.
Em 1956, foi realizada a exposição “concretista”, na qual participou. Com Lígia Clark e Hélio Oiticica, criou o movimento neoconcretista, cuja ideia era a maior aproximação à subjetividade em contraposição ao “concretismo” excessivamente objetivo.
Ferreira Gullar ganhou diversos prémios de literatura, entre os quais o Prémio Jabuti de melhor livro de ficção de 2007, com Resmungos. Também teve reconhecimento pelo Prémio Camões em 2010. No mesmo ano, conseguiu título de Doutor Honoris Causa pela UFRJ. Em 2011, recebeu o Prémio Jabuti de Poesia.
Algumas obras suas são bastante lidas e comentadas: A luta corporal (1954), A luta corporal e novos poemas (1966), Poema sujo (1976), Antologia poética (1977) e Poemas escolhidos (1989). Ferreira Gullar é também ensaísta e já publicou importantes escritos, entre outros, Sobre arte (1983) e Cultura posta em questão/Vanguarda e subdesenvolvimento, Rembrandt (2002). Foi colaborador em programas de televisão como Araponga (1990), Irmãos Coragem (1995) e Dona Flor e Seus Dois Maridos (1998).
António Carlos Cortez é professor de Literatura Portuguesa, crítico literário (JL, Relâmpago, Colóquio-Letras) ensaísta e poeta. Publicou cinco livros de poesia, o último dos quais em 2010, intitulado Depois de Dezembro. Publicou, em 2005, Nos Passos da Poesia - textos sobre pedagogia do texto lírico; está antologiado em publicações diversas de poesia portuguesa contemporânea.
José Mário da Silva nasceu em Março de 1972, em Paris. Licenciado em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, trocou os laboratórios pelas redações dos jornais ainda antes de terminar o curso. Jornalista desde 1993, trabalhou 14 anos no Diário de Notícias, onde foi editor adjunto do suplemento DNA e da secção de Artes.
Pelo meio, fez parte da equipa que realizou dois programas televisivos emitidos na RTP2 (Portugalmente e Juízo Final). Traduziu algumas obras do francês e é autor do livro de poemas Nuvens & Labirintos (2001), obra vencedora do Prémio Literário Cidade de Almada.
Atualmente, é crítico literário do Expresso e colaborador permanente da revista Ler. Escreve diariamente sobre livros e literatura no blogue Bibliotecário de Babel. Vive em Lisboa, no topo de uma das sete colinas. É casado e pai de dois filhos.

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