segunda-feira, 14 de maio de 2012

Vida Roubada - Jaycee Dugard [Opinião]

Título: Vida Roubada
Autor: Jaycee Dugard
Género: Não Ficção
PVP: 13,90€
Data de Saída: 3 de Abril

Cinta:
18 ANOS. UM DOS RAPTOS MAIS LONGOS DA HISTÓRIA… “No verão de 1991 eu era uma criança normal. Num segundo, tudo mudou. Durante 18 anos fui prisioneira. Fui mãe. Fui escrava.”

“Sobrevivi. Esta é a minha história.”

Contracapa:
A 10 de junho de 1991, Jaycee foi raptada em frente a sua casa, enquanto esperava pela carrinha escolar. Tinha 11 anos. Os seus familiares e amigos só voltariam a vê-la 18 anos depois. Durante o seu cativeiro, deu à luz duas filhas e foi escrava dos seus raptores, o casal Phillip e Nancy Garrido. Neste duro e chocante relato, Jaycee revela tudo por que passou e o que sentiu após a sua libertação de um dos raptos mais longos da história. Phillip Garrido foi condenado a 431 anos de prisão, e a sua mulher, Nancy, recebeu uma sentença de 36 anos a prisão perpétua. “No verão de 1991 eu era uma criança normal. Tinha amigos e uma mãe que me adorava. Eu era como vocês. Até ao dia em que a minha vida foi roubada. Durante dezoito anos fui uma prisioneira. Durante dezoito anos não fui autorizada a proferir o meu próprio nome. Durante dezoito anos sobrevivi a uma situação impossível. No dia 26 de agosto de 2009 recuperei o meu nome. Não me considero uma vítima. Sobrevivi. Esta é a minha história.”





A minha opinião:

Para ser completamente sincera, fiquei com uma sensação de alívio ao terminar de ler este livro. Para quem é muito sensível não aconselho a sua leitura devido à descrição da realidade de Jaycee enquanto esteve cativa de Philip Garrido.
Raptada aos 11 anos por um verdadeiro monstro quando ia a caminho da escola, Jaycee não soube o que era a felicidade durante 18 anos. Até lá tinha vivido mais anos presa do que livre e sonhadora. Durante os anos em que esteve em cativeiro daria à luz duas filhas, fruto das constantes violações por parte de Garrido e perante o consentimento por parte da sua mulher, Nancy.
O que mais me chocou no livro, a par da descrição do que passava diariamente, foi o facto de Garrido justificar as violações como uma espécie de cura para a sua doença. Mais ainda, o facto de Garrido não ser viajado pela polícia, visto ter sido preso anteriormente por violar uma outra mulher, Katie Callaway Hall em 1976. Durante 18 anos fez com a vida desta criança o que quis, passando impune.
Jaycee apresenta um discurso ainda um pouco infantil, nota-se em diversas partes do livro, porque não teve tempo para crescer. Passou a sua vida numa barraca, sem quaisquer condições de higiene.
Até que um erro de Garrido faz com que finalmente seja descoberto seu paradeiro. A 24 de Agosto de 2009, Philip decidiu levar as crianças ao gabinete do FBI em S. Francisco, num assunto relativo à liberdade condicional. Foi o bastante para gerar desconfiança e ser descoberto. Acaba por ser preso e solto no dia 25, mas no dia seguinte é chamado ao gabinete de liberdade condicional e aí decide levar todos, mesmo Jaycee. Questionado sobre quem são as três raparigas que traz consigo, Garrido acaba por confessar que a mais velha se trata de Jaycee, raptada em 1991.

Mais tarde Jaycee, que sempre sonhara ser escritora, decide escrever este livro contando o sofrimento que viveu nas mãos de Garrido, mas também a indiferença que tinha por parte do seu padrasto nos anos anteriores a ser raptada.

Um livro chocante, mas que me agradou deveras ler.


Excertos:
"Com este livro, espero transmitir que é possível passar por situações difíceis e sobreviver."
"Gostava especialmente do futuro porque sentia que não tinha um."
"Aparentemente, a sua [Philip Garrido] «automedicação» durante todos estes anos devia-se ao facto de ter DDA e doença bipolar"
"Não tive nenhum dos típicos acontecimentos importante que as outras crianças têm. Como a primeira paixoneta, o primeiro encontro, tirar a carta de condução."
"Nunca tive a possibilidade de me tornar adulta."

2 comentários:

Dora disse...

Este encontrei e está carote ainda mas ficou na wishlist.

Maria Manuel Magalhães disse...

E já é antigo...

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