segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Peto - Paula Cairo [Opinião]



Título: Peto
Autor: Paula Cairo
Editora: Livros d’Hoje
N.º Páginas: 200
Preço: 15,00 €
ISBN: 978-972-20-4872-9
1ª Edição: Novembro de 2011

Sinopse:
O Peto apareceu na rua, ainda bebé, e lá viveu durante doze longos anos, comendo dos caixotes do lixo. A certa altura, duas senhoras repararam nele e foram-no protegendo como podiam, dando-lhe comida e água. E ele por ali foi ficando. Foi recolhido duas vezes por pessoas que o voltaram a abandonar porque, afinal, era grande demais ou deixava a casa cheia de pelos. Na sua vida na rua, foi agredido diversas vezes e durante muito tempo teve dificuldade em usar as patas traseiras. Foi também atropelado mais do que uma vez. Chegou a ser esfaqueado na barriga. Tinha Leishmaniose, e por dormir tantos anos ao relento sofria ainda de artrite, passando a ter de tomar medicação quatro vezes ao dia. Foi atacado diversas ocasiões por cães com «donos perigosos» e o seu corpo ficou marcado por várias cicatrizes. Enfrentou duas denúncias de vizinhos, que não o queriam ali. Numa das vezes acabou num canil para ser abatido, como tantos outros cães vadios. Mas foram buscá-lo e ele voltou à sua rua. A sua sorte mudou quando, um dia, Paula, reparou no cão meigo e triste que se arrastava cheio de sangue, terra e pó. Começou por lhe limpar as feridas. Acabou por saber a sua história e seis meses depois, em Novembro de 2005, levou-o para casa e encheu-o de amor. Peto escapou da morte nesse inverno.

A minha opinião:
Esta é a história de um cão de rua sortudo que apanhou pela frente Paula Cairo uma defensora dos animais como há poucas. Foi levado para casa da autora do livro com doze anos e que, apesar de nunca ter tido cães e ter já alguns gatos em casa, não hesitou e acolheu o cão de olhos doces e que precisava de carinho e de cuidados. E até se ter transformado numa grande amizade foi um passo. A partir daí nunca mais se largaram. Peto foi o seu companheiro até à morte deste, aos 18 anos. Por tê-lo adoptado foi olhada por diversas vezes de lado e criticada, teve de mudar de casa porque os seus vizinhos não aceitaram bem aquela adopção, mas mesmo assim Paula não esmoreceu e levou a sua ideia avante: não iria largar Peto. E foram muito felizes juntos, vivendo várias aventuras com outros animais que foram vivendo também nas suas casas.
Também eu adoro animais e não consigo ver ninguém a maltratá-los, mas admiro a coragem da autora e adoptá-los e dar o seu amor pelos seus amigos de quatro patas. Também eu tenho uma gatinha e esta também faz parte da família. É tratada como tal por toda a gente e é assim que deve ser. Infelizmente nem todos pensam assim e a lei não pune os infractores...

Excerto:
“Assim ando vacilante e trémulo numas patas que já não sinto”
“É igualmente um olhar diferente e outro modo de ver um ser vivo”

9 comentários:

Cristina Torrão disse...

Lindo, Maria Manuel, o livro e a sua opinião. Vou divulgar no meu blogue ;)

Cristina Torrão disse...

http://andancasmedievais.blogspot.com/2011/12/peto.html

;)

Adorei essa dos "donos perigosos".

Guerreiro disse...

Gostava muito de ler este livro, agora ainda mais com a tua opinião.

Maria Manuel Magalhães disse...

É mesmo um livro ternurento. Vale bem a divulgação e a sua leitura ;)

Miguel Pestana disse...

Não gostei da leitura deste livro.

A história do Peto merecia ser abordada mais subtilmente. É uma pena.

Não gostei nada mesmo da autora.

Maria Manuel Magalhães disse...

Miguel em algumas partes achei a autora radical de mais na abordagem de certos assuntos, e olha que adoro animais e tenho uma gata e vejo-a como se fosse realmente da família. Quem me conhece sabe que sou uma amante de animais. E tenho de concordar contigo que a autora se perde um pouco em alguns assuntos e devia falar mais de Peto, mas gostei do livro.

maria santana disse...

Olá,
Este livro conta a história do Peto, gostei, porque gostei e sei o que é amor pelos animais. Esta história també, poderia ser a do TIBÚRCIO, um cão gigante, sem abrigo.doente,mal tratado, escorraçado e, com a terrível leishmaniose. Andei mais de um ano para o apanhar, apanhei-o, eu e mais três senhoras levamo-lo ao veterinário, tendo ficado hospitalizado, por 12 dias, veio para minha casa e foi fantástico ajudá-lo a ter mais qualidade de vida, foi por pouco tempo, o mal já era muito. Ao fim de 6/mese desistiu de viver, estava consado, mas o que foi mais fantástico foi que ele teve um final de vida com muita dignidade e morreu comigo e em paz. Foi muito duro, recordo-o com muita saudade, de cão de rua, tornou-se num cão dócil e meigo, morreu a olhar para os meus olhos. Nunca vou esquecer o Tibúrcio o meu lindo cão de rua.

Marta disse...

Eu já li muito livros das 4 patas e confesso que este me sensiblizou e muito.A autora falou no ponto da questão a sociedade em que vivemos.....infelizmente á seres humanos que não tem sensibilidade para amar outros seres vivos.Enquanto para o inocente do Peto a vida foi cruel mas acabou a vida feliz.graças a um anjinho chamada Paula Cairo.Gostei da sensibilidade sentida na escrita da autora

Zabelinha disse...

Gostei muito .Nem percebo como não se pode gostar.Mas penso que só pessoas com muito amor aos animais o podem apreciar devidamente.Esta senhora tem uma grande sensibilidade e escreve bastante bem.

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