segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

No anexo - Sharon Dogar [Opinião]


Título: No anexo
Autor:
Sharon Dogar
PVP: 16,50 €
Editora: Edições Asa
ISBN: 9789895579112
Dimensões: 15,5 x 23,5 cm
Nº Páginas: 336
Encadernação: Capa mole


Sinopse:
Peter van Pels e a família estão escondidos com os Franks, e Peter vê tudo com um olhar diferente. Como será ser-se obrigado a viver com Anne Frank? Odiá-la e depois dar por si apaixonado por ela? Saber que é tema do seu diário dia após dia? Como será ficar sentado à espera, olhar por uma janela enquanto outros morrem e desejar estar a combater? O diário de Anne termina a 4 de Agosto de 1944, mas, nesta história imaginada, a experiência de Peter continua para além da traição e chega aos campos de extermínio nazis. "Está aí alguém?", pergunta ele. "Está alguém a ouvir?" Nós devíamos estar.
A minha opinião:
Li O Diário de Anne Frank no início da minha adolescência e foi aí que tomei consciência, pela primeira vez, dos horrores do Holocausto. Depois disso, foram muitos os livros, que me forma mostrando de diversas formas como esses horrores foram perpetrados. Em No Anexo, Sharon Dogar, quis mostrar, embora de forma ficcionada, o que foi viver no anexo durante aquele tempo entre 1942 e 1944 sob o mesmo tecto dos Frank's, mas do olhar de Peter, o apaixonado de Anne. Será que se não tivessem estado juntos no anexo as suas vidas se teriam cruzado da mesma forma e se teriam apaixonado na mesma? Provavelmente não. Mas a autora, leu e releu os diários de Anne e não teve a menor dúvida que eles se apaixonaram no anexo e viveram pelo menos uma história de amor debaixo do mesmo tecto. Eu também quero acreditar que sim, quero acreditar que estes dois jovens, antes do destino trágico que tiveram, pelo menos viveram uma história de amor, a sua primeira e única história de amor.
Ao longo destes dois anos, Peter vai descrevendo a vida monótona que vão levando as oito pessoas no anexo, e o medo que têm em ser descobertas. Ao mesmo tempo, vai descrevendo as suas vontades e desejos próprios de um adolescente de 15 anos.
Até que tudo se desmorona e são descobertos e levados pelos nazis. A viagem até ao campo de concentração e a separação de Peter da mãe, de quem é muito ligado, e a posterior morte do pai, no campo de concentração, é de tal forma descrita, que apesar de não ser real, leva-nos a pensar em muitas histórias que os prisioneiros, tiveram que viver às mãos dos nazis até serem libertados, os que conseguiram sobreviver.
Dos oito ocupantes do anexo, só o pai de Anne, Otto Frank, conseguiu sobreviver.

Excerto:
“De dia éramos animais. Mas nos nossos sonhos não podíamos deixar de ter esperança de que alguém, algures, poderia ouvir-nos”

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