quinta-feira, 7 de abril de 2011

Oscar Wilde e os Crimes do Vampiro - Gyles Brandreth [Opinião]


Título: Oscar Wilde e os Crimes do Vampiro
Autor: Gyles Brandreth
Colecção: Crime Perfeito
Preço: 20.90 €
Pp.:
336

Sinopse:
Londres, 1890. O que começa como uma noite de diversão acaba em tragédia. Numa glamorosa recepção oferecida pelo Duque e pela Duquesa de Albemarle, toda a alta sociedade londrina se encontra presente, incluindo o Príncipe de Gales, que considera os Albemarle seus amigos próximos. Na festa, Oscar Wilde parece mais interessado num jovem actor, Rex LaSalle, que espantosamente alega ser um vampiro.
Quando os convidados estão prestes a sair, a duquesa é encontrada morta, com duas pequenas marcas no pescoço. Desesperado, tentanto evitar um escândalo público, o Príncipe de Gales pede a Oscar Wilde e ao seu amigo Arthur Conan Doyle para investigarem o crime. O que eles descobrem ameaça destruir a família real… e a reputação de Oscar Wilde.


A minha opinião:
Quando organizam uma recepção que conta com as mais altas individualidades da sociedade londrina, os diques de Albermarle nem sequer imaginam que essa noite vai terminar de forma trágica. Presentes na festa estão o príncipe de Gales, Oscar Wilde, Arthur Conan Doyle e um jovem actor, Rex LaSalle, que se auto-denomina vampiro, e que confessa a Oscar que nessa mesma noite vai matar a duquesa.
O certo é que na manhã seguinte, o príncipe de Gales chama Oscar Wilde e Arthur Conan Doyle para a investigação de um crime que ocorrera no dia anterior numa festa na residência dos duques de Albermarle da qual viria resultar na morte da anfitriã, Helen Lascelles, de 30 anos.
A informação oficial, e que passara nos meios de comunicação social, foi que a duquesa morrera de causas naturais, de ataque de coração, mas Wilde e Doyle suspeitam de umas estranham marcas que a duquesa tem no pescoço e que poderão ser as causadoras da sua morte. No decorrer das investigações, os dois detectives vão descobrindo estranhas relações do próprio duque, do médico que acompanhava a duquesa, do gosto da duquesa pelo sexo, e que o próprio marido não quer ver passar para a praça pública, muito menos o príncipe de Gales, que também parece ter algo a esconder.
Mais tarde, outra morte ensombra o círculo de amigos de Wilde. Desta feita uma jovem dançarina conhecida do príncipe de Gales como Lulu e que eles conheceram no Teatro de Variedades Empire Leicester Square, em Londres. Nessa mesma noite, e na companhia deles, ela aparece morta. Junto ao pescoço estão duas marcas, exactamente iguais às que tinha a duquesa de Albermarle.
Um livro bastante interessante porque é todo ele escrito através de missivas tanto de Connan Doyle, como de Oscar Wilde, Bram Stocker, assim como das demais personagens. De realçar as cartas que os três escritores escrevem às suas mulheres e os diferentes relacionamentos que estes têm com as mesmas. O relacionamento frio de Wilde com a esposa, denota claramente a sua homossexualidade e o seu casamento apenas de conveniência. Wilde prefere a companhia do jovem Rex à da esposa e filhos. Em comparação, o imenso amor que Doyle tinha para com a sua “Touie” é enternecedor.
Uma leitura leve e bastante agradável de ler até porque o autor coloca Wilde como o investigador principal, qual Sherlock Holmes dos livros de Connan Doyle. Fiquei bastante curiosa em ler mais livros desta colecção.

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