sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Novidades Esfera dos Livros para Setembro

Título: Reis que Amaram como Rainhas
Autor: Fernando Bruquetas de Castro


Os amores de Júlio César, D. Pedro I, D. Afonso VI, do duque de Windsor e de outras figuras históricas

António Conti, filho de um mercador italiano, conquistou o coração de D. Afonso VI que gostava da presença de rapazolas, lacaios, escravos negros e mouros que foram deixando no leito real o aroma de exotismo. D. Pedro I ficou para a história como o amante viril de D. Inês de Castro, mas Fernão Lopes deixa clara a relação com o seu sensual escudeiro e a amizade com outros cavaleiros. Fernando Bruquetas de Castro conta-nos a história de imperadores, reis, políticos, membros da Igreja e das universidades que, ao longo dos séculos viveram a sua sexualidade de forma livre, contudo presa a simulações e a jogos de poder. Através destas personagens da vida pública de todos os tempos, este historiador conta-nos a história da homossexualidade, tantas vezes ocultada ou contada com muita timidez pela historiografia tradicional. Da amizade entre Gilgamés e Enkidu, ao desespero de Aquiles por Pátroclo, do apaixonado Alexandre que enlouqueceu com a morte do seu amado Hefestión, ao general Júlio César que procurava bonitos escravos em cada terra que conquistava, de Ricardo Coração de Leão que sucumbiu aos encantos de um trovador da corte, do delicado Maximiliano, imperador do México que viveu uma dolce vita e cuja morte em frente a um pelotão de fuzilamento continua envolta em mistério, ao famoso duque de Windsor que se deixou seduzir por Wallis Simpson e por um atractivo milionário norte-americano.

Título: Grácia Nasi
Autor: Esther Mucznik


A judia portuguesa do século XVI que desafiou o seu próprio destino

A história judaica tem mulheres extraordinárias. Da matriarca Sara à sionista Golda Meir, muitas mulheres judias fizeram história. Grácia Nasi foi uma delas. Com um carácter intocável e uma personalidade de ferro moldada pelas agruras da vida, esta mulher não teve medo de desafiar homens, papas, reis e o seu próprio destino. Nasceu em 1510 em Portugal depois de a sua família ter sido perseguida e expulsa de Espanha. Contudo não seria em Lisboa que encontraria a tranquilidade desejada. Viúva aos 25 anos, herdeira de um império comercial e de uma incalculável riqueza cobiçada por todos, Grácia Nasi torna-se numa verdadeira mulher de negócios, assumindo o seu espírito pioneiro e empreendedor, traço marcante dos sefarditas judeus/cristãos novos. Grácia Nasi percorre o mapa da Europa, passando por cidades como Antuérpia e Veneza, até chegar ao Império Otomano, onde finalmente pode praticar a sua fé às claras, sem recear qualquer perseguição. É aí que se dedica a ajudar os seus correligionários a escapar à Inquisição, apoia o estudo e o ensino religiosos, bem como a edição de Bíblias e estende a mão aos mais necessitados.

Título: A Sociedade Medieval Portuguesa
Autor: A. H. de Oliveira Marques


Aspectos de vida quotidiana

«A Sociedade Medieval Portuguesa torna-se “uma Bíblia”. Ninguém discorreu sobre as funções e os ritmos de trabalho do homem medieval, sobre as suas condições de habitabilidade, higiene ou saúde, sobre as suas manifestações exteriores de vestuário e mesa, sobre os seus afectos e crenças, sobre os seus valores culturais ou distracções ou sobre os seus modos de encarar a morte, sem recorrer a essa obra fundamental. E nela sempre encontrou - o que é marca identitária do seu autor em toda a sua produção científica - uma clara e sistemática exposição de cada tema, apresentada com clareza e objectividade, suportada por um vocabulário técnico-científico explicitado, e baseado numa ampla e sistemática investigação de fontes, sempre abonadas e em pleno identificadas. E quando as temáticas da vida quotidiana, da convivialidade, dos sentimentos e da religiosidade entraram no circuito do ensinar e aprender, tanto no ensino universitário como nos demais graus de ensino, então este livro foi lido e relido, tornando-se obra de consulta obrigatória. Nas suas palavras e ilustrações se basearam, de facto, muitos docentes e discentes para reconstruírem, no hoje, os tempos de ontem, vestindo personagens, encenando feiras, festas, jogos, torneios e teatros medievais, ou fazendo desfilar embaixadas ou entradas régias.»

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