segunda-feira, 10 de maio de 2010

A coragem de uma mãe - Marie-Laure Picat [Opinião]

Título: A Coragem de uma mãe
Autora:
Marie-Laure Picat

N.º de Páginas: 200

PVP: 15,50 € Tradução: Sérgio Coelho
Esta é uma história verdadeira. Marie-Laure Picat não conseguiu vencer o cancro mas em contrapartida saiu vitoriosa da batalha judicial que travou no último ano de vida. Em Julho de 2008 Marie-Laure Picat soube que tinha um raro cancro do fígado. Assim como não teria hipóteses de sobreviver. Foi então que deu início a uma outra luta. Sabendo que o marido, de quem se tinha divorciado, seria incapaz de tomar conta dos 4 filhos, Marie-Laure deu início a uma tarefa que era aparentemente impossível: encontrar uma família, perto de casa, na sua aldeia de Loiret Puiseaux, a 40 quilómetros de Paris, que gostasse e pudesse acolher os 4 filhos. Em entrevista ao canal de TF1, Marie-Laure Picat confessou: «quando eu descobri que era doente terminal, sabia que havia uma coisa que tinha de fazer: proteger os meus filhos.» E proteger os filhos significava mantê-los juntos após a sua morte. Marie-Laure Picat não concebia a ideia de separá-los. Porém, imediatamente as autoridades judiciais expressaram que a decisão final sobre quem cuidaria dos filhos depois da sua morte não seria dela. Na verdade, os serviços sociais franceses diziam-lhe que o máximo permitido seria um casal acolher 3 crianças e, portanto, um dos filhos teria de viver separado dos irmãos. E assim chegou esta luta chegou à comunicação social. Marie-Laure Picat tornou-se entretanto conhecida em toda a França. Centenas de pessoas começaram a enviar-lhe dinheiro (que ela decidiu colocar numa conta no nome dos filhos) como forma de manifestar a sua solidariedade. Marie-Laure Picat reconheceu publicamente a influência dos meios de comunicação social na resolução do conflito. «Quis mediatizar o assunto e três semanas depois da história aparecer na imprensa os papéis para formalizar a adopção já estavam assinados», confirmou a autora à comunicação social francesa. Daí até escrever a sua história foi um passo. Sentindo-se encorajada pelos testemunhos que lhe chegavam de toda a parte, Marie-Laure Picat escreveu A Coragem de Uma Mãe (mais de 65 000 exemplares vendidos, só em França).

A minha opinião:
Quando ouvi falar deste livro pela primeira vez fiquei logo bastante curiosa em saber como é que os quatro filhos de Marie-Laure lidaram com a doença da mãe. Mas quando comecei a ler “A Coragem de uma Mãe” surpreendi-me bastante com esta mulher que nunca escondeu a sua doença dos filhos e tudo fez para os deixar o melhor possível, junto de uma família de acolhimento da sua confiança. Fiquei com curiosidade em saber, um ano depois, como é que estão a dar-se os filhotes da autora deste excelente livro. Em 2008 Marie-Laure descobre que tem um cancro no fígado. Tentando todos os tratamentos possíveis acaba por constatar-se que o cancro não só não regrediu como criou metástases noutros órgãos do seu corpo, incluindo os seus ossos. Enfrentando corajosamente esta última etapa da sua vida, Marie-Laure decide pôr a par de tudo os seus filhotes de modo a prepará-los para o seu futuro.
Os médicos dão-lhe escassos meses de vida e, como o homem com quem casou e pai dos seus filhos não quer saber deles, Marie-Laure decide escolher uma família que possa cuidar dos quatro filhos e fazê-los feliz, dando-lhes uma educação exemplar. Para isso teve de ir contra as leis de França que não permitiam que fossem os pais a escolher a família dos seus filhos. Mas saiu vitoriosa.
Para esse sucesso contribuíram, em muito, os órgãos de comunicação social franceses que prontificaram-se, desde logo, a contar a história desta jovem mãe, na luta pelo bem-estar das suas crias. A comunicação social permitiu que Marie-Laure conseguisse satisfazer alguns dos sonhos dos seus filhos: ir à Eurodisney, conhecer Paris e, apesar de já bastante debilitada, esta mãe tudo fez para ver os seus filhos felizes.
Depois de contar toda a sua história aos media, Marie-Laure decide contar tudo em livro para que os seus filhos, um dia mais tarde, soubesse a história da sua vida. Desde que em criança a sua mãe fugiu de casa deixando-a ao cuidado do pai e da avó, assim como aos seus dois irmãos, o abuso que sofreu por parte do pai, a pobreza que era a sua vida. Esta é a história de uma mulher sofrida desde muito nova e que mesmo assim irradiava felicidade quando estava na companhia dos seus filhos. Uma história que se lê de um só fôlego e bastante enternecedora.

6 comentários:

Fernanda disse...

Ouvi falar da história desta mãe cuja coragem, achei admirável.
Falta-me é coragem a mim para ler este relato... fico demasiado perturbada com histórias destas, principalmente qdo são verídicas.

Boas leituras!

Unknown disse...

Depois de ter lido este livro, fiquei com interesse em saber ,mais sobre esta grande mulher. Assim abri este blog. È realmente um exemplo para todos nós, pessoas, mães.
Adelaide

beta disse...

Comecei a ler este livro em férias e acebei de o ler ontem, após um dia de trabalho.É uma triste história mas foi fabulosa a coragem demosntrada por esta mãe com uma vida tão sofrida. Fiquei muito comovida pq tb sou mãe de uma menina de 4.5 anos e nunca se sabe o que nos poderá acontecer a nós...Hoje estou a pesquisar na net, alguem sabe o que é hoje feito das crianças? Elisabete Costa

beta disse...

Comecei a ler este livro em férias e acebei de o ler ontem, após um dia de trabalho.É uma triste história mas foi fabulosa a coragem demosntrada por esta mãe com uma vida tão sofrida. Fiquei muito comovida pq tb sou mãe de uma menina de 4.5 anos e nunca se sabe o que nos poderá acontecer a nós...Hoje estou a pesquisar na net, alguem sabe o que é hoje feito das crianças? Elisabete Costa

Vitor disse...

Eu li a história da Marie-Laure Picat, por acaso neste momento estou com o livro mesmo ao meu lado, achei uma história extraordinária, a luta que uma mãe teve só para que os filhos ficassem com as pessoas que ela ''confiasse'', gostei muito do livro, e vou recomenda-lo às pessoas que eu conheço, gostaria de saber se ela estaria ainda viva, mas na realidade temo que não. Uma das coisas em que eu gostei mais no livro foi a parte em que ela contava das suas viajens loucas com as suas amigas, também achei correcto com o que ela fez quando foi escolher o caixão, acho que fez a decisão certa, se seria onde ela ia passar os seus últimos momentos ela teria de estar confortavél pelo menos. Achei uma atitude correcta em ela ter contado aos filhos a doença que tinha e que contava qualquer passo que fazia em relação a isso. Gostei muito de ler o livro e claro vou relê-lo.

Prazer da Leitura disse...

Acabei de ler o livro á pouco tempo.

Também fiquei muito sensibilizada com a história...

http://omeudiariodaleitura.blogspot.com/

Bruna

WOOK - www.wook.pt