Autor: Melanie Benjamim
Título Original: Alice I Have Been
Tradução: Alice Rocha
Páginas: 336
Colecção: Grandes Narrativas, N.º 463
PVP: 17,90€
Sinopse:
Alice Eu Fui é uma biografia romanceada de Alice Liddell, a criança que inspirou o grande clássico da literatura infanto-juvenil Alice no País das Maravilhas. É a primeira vez que a história é contada do ponto de vista irreverente da própria Alice - agora uma octogenária que olha em retrospectiva para o seu passado e reflecte sobre a jornada extraordinária que foi a sua vida para além do País das Maravilhas. Com uma intriga bem construída, esta narrativa explora a natureza elusiva e indecifrável do amor e da sexualidade, presentes na psique humana desde a infância e ajuda-nos, através dos factos narrados, a compreender os assombros e os abismos, as passagens para o outro lado do espelho. História de amor e mistério literário, esta obra entretece com brilhantismo factos e ficção para captar o espírito apaixonado de uma mulher verdadeiramente inspiradora.
A minha opinião:
A personagem criada por Lewis Carroll, pseudónimo de Charles Lutwidge Dodgson sempre povoou a minha infância, mas nunca a tinha visto sobre o prisma da menina que inspirou Alice. Apesar de ter a noção que a autora fez uma biografia romanceada de Alice, sei também que há muitos aspectos na estória que são verídicos. Pelo que pesquisei a maior parte da sua vida passou-se mesmo assim como é descrito no livro de Melanie Benjamim. Alice Liddell nasceu a 4 de Maio de 1952 e conhecer Charles Lutwidge Dodson por intermédio de seu pai que era decano de Christ Church, origem da futura Universidade de Oxford, local onde Dodson leccionava matemática. Além de lhe contar estórias, Dodson também era um amante da fotografia, tendo tirado algumas a Alice enquanto criança. Misteriosamente, a amizade entre os dois acabou por se desvanecer, sendo essa parte talvez romanceada pela autora do livro. Terá acontecido algo mais entre Alice e Dodson? Nunca se saberá… Pelo meio fica a suspeita de que Alice terá tido um romance com o princípe Leopoldo, filho da Rainha Vitória. Suspeita essa que, apesar de se confirmar no livro de Melanie Benjamim, não se confirma na realidade. O que se sabe de facto é que Alice casou mais tarde com Reginald Hargreaves e que teve três filhos. E mais não conto para que a curiosidade pelo livro se mantenha. Gostei da estória de Alice se bem que a constatação de que Lewis Carroll tinha uma predilecção por crianças, sobretudo meninas, que nos leva a pensar em pedofilia deixou-me um pouco triste. Prefiro continuar a pensar em Lewis Carroll como um amante da escrita e de contar estórias a crianças, que gozavam da sua companhia. Gostei ainda que este livro viesse com o respectivo marcador. É bom para quem aprecia e faz colecção, como é o meu caso.
Excerto:
“Se a escrever, eu não vou ter de crescer… nunca! Bom, está claro, na realidade não, só na história. Se a escrever, pelo menos lá, serei sempre uma menina pequena.”
2 comentários:
coloquei um link com este teu post no meu blog, espero que não te importes
boas leituras!
Claro que não me importo, muito pelo contrário, só me honra. Obrigada pelo post :)
Gostaste do livro? Eu gostei bastante. Mostra uma outra perspectiva.
Continuação de boas leituras.
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