sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

SPA cria prémio literário de Poesia

A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) anunciou a criação do Prémio David Mourão-Ferreira, que será atribuído anualmente, a uma obra de estreia em Poesia de um autor português publicada no ano anterior em Portugal.
O prémio vai começar a ser atribuído a partir de 2010, que terá um valor de 2000 euros e poderá ser atribuído ex-aequo. Esta é assim a forma para homenagear David Mourão-Ferreira, um dos mais importantes autores de sempre da literatura portuguesa.

Coraline e a porta secreta - Neil Gaiman



Na nova casa de Coraline Jones existem vinte e uma janelas e catorze portas. Treze podem-se abrir livremente e uma está sempre fechada. Certo dia, Coraline decide investigar o que existe para lá desta porta misteriosa e descobre uma passagem secreta para outra casa exactamente igual à sua, contudo muito diferente... Nesta casa encontra uma série de coisas muito, muito estranhas, e, outros pais na aparência exactamente iguais aos seus... Esta brilhante história, referida por muitos como uma versão moderna de Alice no País das Maravilhas deu origem a uma empolgante adaptação cinematográfica.

Coraline é uma jovem rapariga e, como todos os jovens, anda à procura de novas aventuras. Então decide atravessar uma porta secreta, existente na sua nova casa. Lá descobre uma outra versão de uma outra vida, que poderá ser a sua. Descobre outros pais que, apesar de serem fisicamente parecidos, no resto nada são iguais. À primeira vista, aquela realidade parece mais atractiva à jovem Coraline. Ali os animais falam, a mãe apenas faz refeições que Coraline gosta, as duas vizinhas são novas e bonitas… No entanto, a jovem começa a descobrir que a sua outra mãe a quer a todo o custo, nem que para isso prenda os seus pais verdadeiros para todo o sempre. A salvação deles está dependente de Coraline, que munida de uma grande determinação e coragem, vai conseguir salvá-los e voltar de novo para casa.
Coraline é um livro que retrata as relações entre pais e filhos e mostra que a comunicação entre ambas as partes é essencial. Na sua vida presente, os pais não têm muito tempo para ela, mandando-a, muitas vezes, brincar sozinha, deixando-a com as suas próprias explorações. O livro mostra o quanto é importante estabelecer relações de afecto entre pais e filhos. Um livro para ler e reler em família

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Passatempo Marcador de Livros/Presença




A partir de uma perspectiva de memória, a presente obra recua ao passado nos últimos 30 anos, consagrando-se como uma espécie de diário do autor, actualizado a partir de blocos de notas. Nele encontramos um conjunto de textos desde apontamentos da vida pessoal do autor e das suas complexas relações familiares com laivos de lirismos e toques de humor, até ensaios sobre cultura e análise política. Além de uma short storie da sua autoria, o livro inclui igualmente uma entrevista dada à Paris Interview e a conferência do Prémio Nobel, intitulada «A Mala do Meu Pai». Outras Cores permite-nos pressentir a sua intimidade e da sua família, a necessidade de literatura e da escrita. Pamuk manifesta ainda uma vez mais a sua revolta contra a censura, numa tentativa de compreender, ele próprio, que posição deverá assumir num mundo em transformação. Uma obra deslumbrante.

CITAÇÕES DE IMPRENSA ESTRANGEIRA

«(Pamuk) é o poeta do labirinto das sua próprias ideias e conceitos, do fabuloso e delicada ambiguidade.»The New York Times

«Aquilo que emerge é uma voz, jocosa e mortífera, cuja realidade refractada seria invejada por um rouxinol.»
Los Angeles Times Book Review

«Para além do encanto sagaz e das observações sábias, Outras Cores é um apelo ao distanciamento necessário para se considerarem as causas históricas e psicológicas das parangonas alarmantes do mundo actual.»
Washington Post book World

«O estilo desta escrita é encantadoramente simples e persuasivo. De acordo com Pamuk, tudo o que um escritor precisa é de “um papel, caneta e o optimismo de uma criança que olha o mundo pela primeira vez. Perante a evidência de uma obra tão bela, aparentemente sem quaisquer sinais de esforço, é impossível discordar.»
The Guardian




O blogue Marcador de Livros tem para oferecer, em conjunto com a Editorial Presença, 4 exemplares do livro Outras Cores – Ensaios sobre a Vida, a Arte, os Livros e as Cidades, da autoria de Orhan Pamuk, Prémio Nobel da Literatura 2006, que será publicado dia 3 de Março.
Para ser um dos vencedores terá de enviar uma frase, no máximo de 100 palavras, respondendo a:
Que posição ocupam a arte, os livros e as cidades na vossa vida?

Regras do Passatempo:
- O passatempo decorre até às 23:59 do dia 3 de Março;
- Para participarem terão de enviar um email para
marcadordelivros@gmail.com com a frase, juntamente com os seus dados pessoais (nome e morada).
- As frases mais originais e criativas serão as vencedoras de um exemplar do livro de Orhan Pamuk.

Nota
- Só serão permitidas participações a residentes em Portugal, e apenas uma por participante.

Boa criatividade.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O Rapaz do Pijama às Riscas - John Boyne


Ao regressar da escola um dia, Bruno constata que as suas coisas estão a ser empacotadas. O seu pai tinha sido promovido no trabalho e toda a família tem de deixar a luxuosa casa onde vivia e mudar-se para outra cidade, onde Bruno não encontra ninguém com quem brincar nem nada para fazer. Pior do que isso, a nova casa é delimitada por uma vedação de arame que se estende a perder de vista e que o isola das pessoas que ele consegue ver, através da janela, do outro lado da vedação, as quais, curiosamente, usam todas um pijama às riscas.
Como Bruno adora fazer explorações, certo dia, desobedecendo às ordens expressas do pai, ressolve investigar até onde vai a vedação. É então que encontra um rapazinho mais ou menos da sua idade, vestido com o pijama às riscas que ele já tinha observado, e que em breve se torna o seu melhor amigo…

15 de Abril de 1934. O destino de duas crianças traça-se logo à nascença. Um rapaz de uma família poderosa e com influência na Alemanha, filho de um militar nazi; e um rapaz, filho de um relojoeiro Polaco, que tem a ‘má’ sorte de nascer judeu, na era do holocausto. No início da sua vida são ambos crianças felizes, embora vivam em mundos completamente diferenciados. Bruno tem três amigos com quem gosta muito de brincar e Shmuel vivia num pequeno apartamento na Polónia juntamente com os pais e o seu irmão Josef. Até que um dia tudo muda na vida destas duas crianças, quando têm precisamente nove anos de idade. Bruno muda-se, juntamente com a restante família para uma casa isolada, situada mesmo ao lado de um campo de concentração na Polónia e é aí que conhece Shmuel, um rapaz que está do outro lado da rede, e anda sempre com um fato às riscas, parecido com um pijama. Aos olhos de Bruno, que se vê cada vez mais entediado naquela casa sem as condições que tinha em Berlim, o mundo é muito melhor para o seu amigo. Uma das razões é que ele não está sozinho, tem muitos amigos para poder brincar, enquanto que ele não tem ninguém daquele lado da rede, excepto a companhia da sua irmã Gretel. Este livro é feito através dos olhos e da inocência de um rapaz que não se apercebe da tão crua realidade à sua volta e que sem maldade acaba por ser por vezes insensível para com o seu amigo judeu. No entanto, também será essa amizade que vai mudar completamente a vida de Bruno e o resto da sua família. Um final surpreendente.

«Quem são aquelas pessoas lá fora? […] As pessoas que eu vejo da minha janela. Lá ao longe, nos barracões. Todas vestidas de igual.[…] ah, essas pessoas […] Essas pessoas… bem, nem sequer são pessoas, Bruno.»


«De qualquer maneira, não percebo porque é que estás tão ansioso por vires para este lado – disse Shmuel – Isto aqui não é nada agradável. […] Não sabes o que é viver na minha casa – disse Bruno. – Para começar, não tem cinco andares, tem só três. Como é que alguém pode viver num sítio tão pequeno?»


O Rapaz do Pijama às Riscas foi originalmente publicado no Reino Unido em 2006, simultaneamente em edições para jovens e para adultos. Encontra-se actualmente traduzido em 36 línguas e vendeu até à data mais de 4 milhões de exemplares em todo o mundo.
Esteve 76 semanas no 1.º lugar da lista de bestsellers da Irlanda, foi o livro mais vendido de Espanha em 2007 e 2008, e figurou em dezenas de listas de bestsellers um pouco por todo o mundo, incluindo a prestigiada lista do New York Times, onde alcançou o 1.º lugar em Novembro de 2008. Foi vencedor de dois prémios literários na Irlanda (o “Children’s Book of the Year” e o “People’s Choice Book of the Year”), bem como do “Bisto Children’s Book Award” e foi nomeado para mais 15 prémios literários internacionais.

PSP apreende livros em Braga

A PSP de Braga apreendeu, hoje, cinco exemplares de um livro sobre pintura que continham na capa um quadro reproduzido pelo pintor Gustave Courbet. Os livros estavam para venda na Feira do Livro em Saldo e Últimas Edições e foram retirados por se considerar que a pintura é pornográfica.
De referir que o quadro do pintor oitocentista,tido como fundador do realismo em pintura, expõe as coxas e o sexo de uma mulher, sendo, por isso, a sua obra mais conhecida, tendo sido pintado em 1866.
O quadro “A Origem do Mundo” está exposto no Museu D`Orsay em Paris.
O livreiro António Lopes vai recorrer aos tribunais, assim como vai enviar exposições ao Presidente da República, e aos grupos parlamentares da Assembleia da República.

Esta "censura" camuflada só vem comprovar o grau de iliteracia em que vive o nosso país. Não adianta o Governo promover progamas de Novas Oportunidades se nesses mesmos programas não se aprende mais nada a não ser o desenrascanço. Onde estão os testes de avaliação? Onde estão as aulas? Pelo que conheço, e conheço casos bem de perto, os ditos alunos apenas marcam presença uma vez por mês e têm de entregar trabalhos feitos por muita gente, menos pelos próprios.
Em vez de os pais andarem a perder o seu tempo com diplomas que não os levam a lado nenhum, uma vez que são "fictícios" deviam aproveitar o seu tempo para aprender um pouco de cultura e assim ensiná-la aos seus filhos. Não entendo como é que uma parte do corpo humano pode levantar tanta celeuma.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

António Ramos Rosa candidato a Prémio Rainha Sofia

António Ramos Rosa foi o poeta indicado pela Sociedade Portuguesa de Autores para a XVIII edição do Prémio Rainha Sofia de Poesia.
Este é um dos galardões literários de maior prestígio no espaço hispânico e a candidatura de Ramos Rosa teve em conta a grandeza e a representatividade da obra do autor português.
Ramos Rosa, 85 anos, nasceu em Faro, é um poeta português e também reconhecido desenhador. Em 1958 publica no jornal «A Voz de Loulé» o poema "Os dias, sem matéria". No mesmo ano sai o seu primeiro livro «O Grito Claro», n.º 1 da colecção de poesia «A Palavra». Ainda nesse ano inicia a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia», que em 1960 encerra a edição por ordem da polícia política.
Colaborou em diversos jornais como A Capital; Artes & Letras; Comércio do Porto; Diário de Lisboa; Diário de Notícias; Diário Popular; e O Tempo. Colaborou em revistas como Árvore (1952 -1954); Cassiopeia (1956); Cadernos do Meio-Dia (1958 -1960); Esprit; Europa Letteraria; Colóquio-Letras; Ler; O Tempo e o Modo; Raiz & Utopia; Seara Nova; Sílex; Revista Vértice.
Como escritor venceu o Prémio da Bienal de Poesia de Liége, 1991; Prémio Jean Malrieu para o melhor livro de poesia traduzido em França, 1992. Pela sua vasta obra venceu Prémio Fernando Pessoa; Prémio Nacional de Poesia, da Secretaria de Estado de Informação e Turismo (recusado pelo autor), 1971 (Nos seus olhos de silêncio); Prémio Literário da Casa da Imprensa (Prémio Literário), 1972 (A pedra nua); Prémio da Fundação de Hautevilliers para o Diálogo de Culturas (Prémio de Tradução), 1976 (Algumas das Palavras: antologia de poesia de Paul Éluard); Prémio P.E.N. Clube Português de Poesia, 1980 (O incêndio dos aspectos); Prémio Nicola de Poesia, 1986 (Volante verde); Prémio Jacinto do Prado Coelho, do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, 1987 (Incisões oblíquas); Grande Prémio de Poesia APE/CTT, 1989 (Acordes); Prémio Municipal Eça de Queiroz, da Câmara Municipal de Lisboa (Prémio de Poesia), 1992 (As armas imprecisas); Grande Prémio Sophia de Mello Breyner Andresen (Prémio de Poesia), São João da Madeira, 2005 (O poeta na rua. Antologia portátil).

Morreu o escritor irlandês Christopher Nolan

O escritor irlandês Christopher Nolan, que venceu o prémio literário Whitbread em 1988, morreu na passada sexta-feira em Dublin aos 43 anos.
Christopher Nolan ficou paralisado à nascença depois de lhe ter faltado oxigénio, deixou publicadas quatro obras literárias, uma delas auto-biográfica, «Under the eye of the clock», publicada em 1987, foi distinguida no ano seguinte com o prémio literário britânico Whitbread.
O primeiro livro a ser publicado pelo escritor foi «Dam Burst Of Dreams», tinha o autor 15 anos. Além do prémio Whitbread, Christopher Nolan, foi ainda distinguido pela United Nations Society of Writers e considerado Personalidade do Ano em 1988 na República da Irlanda.
WOOK - www.wook.pt