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Autor: Félix J. Palma
Edição/reimpressão: 2009 Páginas: 552 Editor: Planeta
Sinopse
Londres, 1896. Inúmeros inventos convencem o homem de que a ciência é capaz de conseguir o impossível, como o demonstra o aparecimento da empresa Viagens Temporais Murray, que abre as suas portas disposta a tornar realidade o sonho mais cobiçado da humanidade: viajar no tempo, um anseio que o escritor H. G. Wells tinha despertado um anos antes com o seu romance A Máquina do Tempo. De repente, o homem do século XIX tem a possibilidade de viajar até ao ano 2000, e é o que faz Claire Haggerty, que vive uma história de amor através do tempo com um homem do futuro. Mas nem todos querem ver o amanhã. Andrew Harrington pretende viajar até ao passado, a 1888, para salvar a sua amada das garras de Jack, o estripador. E o próprio H. G. Wells enfrentará os riscos das viagens temporais quando um misterioso viajante chegar à sua época com a intenção de assassiná-lo e roubar-lha a autoria de um romance, obrigando-o a empreender uma desesperada fuga através dos séculos. Mas que acontece se alterarmos o passado? É possível reescrever a história?
A minha opinião
Confesso que parti para a leitura deste livro com algumas reticências. Não sou particularmente amante deste género de literatura, que alia o romance à ficção científica. No entanto, posso dizer que fui surpreendida pela positiva. O autor, dividindo o livro em três partes, conseguiu cativar-me tanto pela história de cada um dos protagonistas, como pela temática em si. Se lhe dessem oportunidade de viajar no tempo que época escolheria? Basicamente é essa viagem no tempo que está no centro de toda a trama e das diversas personagens de “O Mapa do Tempo”. Por um lado deparamo-nos com Andrew Harrington, jovem aristocrata tremendamente apaixonado por uma prostituta que vai ser vítima de Jack, o Estripador. O sonho de Andrew é viajar ao passado para evitar que tal tragédia aconteça à sua amada e possam viver felizes para sempre. A segunda parte apresenta-nos a jovem Claire Haggerty, que vive completamente fora da sua época, ansiando viajar no tempo e por lá permanecer. Por último, a terceira parte trata da história do escritor H. G. Wells, autor de “A Máquina do Tempo”, que serviu de inspiração para a empresa Viagens Temporais Murray realizar viagens no tempo a quem assim o desejasse. Pelo meio aparecem as vítimas do estripador londrino; de quando Wells conhece o homem elefante, estudo de Frederick Treves, um anatomista que o descobriu num circo e o internou num hospital; Bram Stoker e Henry James, que se vêem na eminência de lhes serem roubados os seus sucessos literários, antes ainda destes serem publicados. Um livro onde o autor mistura a realidade com a ficção.
Personagens históricas retratadas no livro:
Jack o Estripador, assassino em série, nunca descoberto, cujas vítimas eram prostitutas em Whitechapel, Londres, e operou na na segunda metade de 1888. O seu nome foi tirado de uma carta, enviada à Agência Central de Notícias de Londres por alguém que se dizia o criminoso. Assassinava barbaramente as suas vítimas, tendo inclusive cortado a garganta e mutilado o corpo a duas delas. A remoção de órgãos internos de três vítimas levou oficiais da época a acreditarem que o assassino possuía conhecimentos anatómicos ou cirúrgicos.
Mary Jeanette Kelly foi uma das vítimas de Jack, o Estripador. O seu corpo, terrivelmente mutilado, foi descoberto pouco depois das 10:45 da manhã, deitado na cama do quarto onde ela vivia na Dorset Street, em Spitalfields. A garganta foi cortada até à coluna vertebral, e o abdómen quase esvaziado de órgãos. O coração também foi retirado.
O Homem Elefante ou John Merrick foi portador de uma doença que provocou terríveis deformidades em 90% do seu corpo. Baseado em manuscritos do dr. Frederick Treves, o anatomista que o descobriu num circo de aberrações e o internou num hospital, John Merrick era apresentado como "a versão mais degradante do ser humano", e causava repulsa em todos que encaravam aquele corpo humano 90% deformado por uma doença de nascença que só foi diagnosticada oficialmente como "Síndrome de Proteus" em 1996, após exames no esqueleto de John Merrick (um caso grave de neurofibromatose múltipla).
Abraham "Bram" Stoker, escritor irlandês bastante conhecido por ter sido o autor de Drácula, a principal obra no desenvolvimento do mito literário moderno do vampiro.
Henry James escritor norte-americano, autor de alguns dos romances, contos e críticas literárias mais importantes da literatura de língua inglesa, um dos quais “A Volta do Parafuso”.
Herbert George Wells, conhecido como H. G. Wells, escritor britânico, autor dos romances A Máquina do Tempo, O Homem Invisível e A Guerra dos Mundos. Visionário, chegou a discutir em obras do início do século XX questões ainda atuais, como a ameaça de guerra nuclear, o advento de Estado Mundial e a Ética na manipulação de animais.
1 comentário:
Olá!
Tem uma brincadeira lá no meu blog!
Gostaria que você participasse! Não é selinho!
Bjs
Bia
Livros de Bia
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