quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Alex & Eu - Irene M. Pepperberg [Opinião]

Título: Alex & Eu
Autor: Irene M. Pepperberg
Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 308
Editor: Caderno
Colecção: Cadernos de Estimação

PVP: 13,50€

Sinopse:
Quando Alex morreu, aos 31 anos, a notícia correu mundo, relatada pelas rádios e televisões, evocada em obituários de publicações tão prestigiadas como a Economist ou o New York Times.


Alex, afinal, era um papagaio muito especial. Falava como gente grande, mais de 150 palavras, conhecia números, cores, formas, pensava pela sua própria cabeça, até fazia contas de somar. Tinha aprendido tudo isso com Irene Pepperberg, uma cientista brilhante que passou trinta anos ao seu lado, a ensiná-lo, a estudar-lhe cada gesto, a registar cada novo progresso.

Em Alex e Eu, Irene conta a história que nunca apareceu nos jornais. Fala da sua relação afectiva com um papagaio extraordinário, recorda um quotidiano feito de saudades, de birras, de momentos de ternura ou de ataques de ciúmes. E do modo como, todas as noites, antes de se deitar, ela perguntava ao seu amigo: "Estarás cá amanhã?" Ao que ele respondia, fielmente: "Sim, amanhã estarei aqui. Porta-te bem. Gosto muito de ti."

A minha opinião: --> “Se eu tivesse escolhido um outro Cinzento, naquele dia de 1977, o Alex poderia ter passado a sua vida desconhecido e anónimo, no quarto de hóspedes de uma pessoa qualquer.”
De facto, se não tivesse conhecido Irene, talvez Alex tivesse passado despercebido como passam quase todos os animais. Pelo menos despercebidos para o grande público porque para quem gosta de animais, como é o meu caso, os animais que passaram pela minha vida nunca foram votados ao esquecimento e ainda hoje guardo saudades e boas recordações deles. Mas Alex era de facto excepcional. Não se limitava a falar cerca de 150 letras, mas davas-lhes significado, o que era espantoso. Tão espantoso que até custa a acreditar.
Mas Irene dá-nos bastantes exemplos que nos clarificam todas essas dúvidas. Além disso, Alex produzia sons que, acusticamente, são muito semelhantes aos nossos.
Com isso tornou-se evidente que os animais sabem mais do que aquilo que pensamos, “e pensam mais do que nós sabemos. Foi isso que o Alex nos ensinou.”
Para quem gosta de animais este é, sem dúvida, um livro a ler.

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