Título: O Cônsul Desobediente
Autor: Sónia Louro
Género: Romance Histórico
Palavras-chave: II Guerra Mundial, refugiados, ditadura, opressão,
bombardeamentos, História de Portugal
Formato: 16 x 23 cm
Páginas: 416
Tiragem: 10000
PVP: 18,95 €
Data de Lançamento: 09 de Outubro
Sinopse:
Há pessoas que passam no mundo como cometas brilhantes, e as suas existências nunca serão esquecidas. Aristides de Sousa Mendes foi uma dessas pessoas. Cônsul brilhante, marido feliz, pai orgulhoso, teve a sua vida destruída quando, para salvar 30.000 vidas, ousou desafiar as ordens de Salazar.
Cônsul em Bordéus durante a Segunda Guerra, é procurado por milhares de refugiados para quem um visto para Portugal é a única salvação. Sem ele, morrerão às mãos dos alemães. Infelizmente, Salazar, adivinhando as enchentes nos consulados portugueses, proibira a
concessão de vistos a estrangeiros de nacionalidade indefinida e judeus.
Sob os bombardeamentos alemães, espremido entre as ameaças de Salazar, as súplicas dos refugiados e sua consciência, Aristides sente-se enlouquecer. E então toma a grande decisão da sua vida: passar vistos a todos quantos os pedirem. Salvará 30.000 inocentes mas
destruirá irremediavelmente a sua vida.
Sobre o autor:
Sónia Louro nasceu em 1976 em França.
Desde cedo apaixonada pelas Ciências e pela Literatura, acabou por optar academicamente pela primeira, mas nunca abandonou a sua outra paixão. Licenciou-se em Biologia Marinha, mas não perdeu de vista a Literatura, à qual veio depois a aliar a um outro interessa: A História. Fruto desse casamento, este é o seu terceiro romance histórico.
Extracto da carta que Gisèle Allotini,uma refugiada que recebeu um visto em Bordéus, enviou a Aristides depois de estar instalada em Portugal:
“O Senhor é, para Portugal, a melhor das propagandas, é uma honra para a sua pátria. Todos aqueles que o conheceram louvam a sua coragem, o seu grande coração, o seu espírito cavalheiresco, e acrescentam: se os portugueses se parecem com o Cônsul Mendes, são um povo de cavalheiros e de heróis.”
Carta de Moise Elias dirigida ao Yad Vashem (organização israelita para a
recordação dos mártires e heróis do Holocausto):
“Reconheço como um acto de Deus que um homem como este estivesse no lugar certo à hora certa.”
Resposta dada a João Paulo Abranches quando este pediu a Sylvain Bromberger para que descrevesse como a concessão de um visto mudou a sua vida em 1940:
“Tenho agora 75 anos, sou professor jubilado do MIT. Estou casado há 50 anos com uma mulher maravilhosa, sou pai de dois filhos pelos quais sinto uma grande alegria e orgulho. Tive uma vida rica. Se não fosse pela acção de Sousa Mendes, eu teria provavelmente morrido de forma horrível num campo de concentração antes dos 17 anos de idade.”
Críticas a O Cônsul Desobediente:
“É costume afirmar que as pessoas felizes não têm história. A vida de Aristides Sousa Mendes é profundamente romanesca. A obra de Sónia Louro demonstra-o exemplarmente. Ele viveu uma situação trágica, repleta de eventos que permitem construir uma obra com laivos romanescos. A unidade de tempo e espaço em que se centrou aquilo que o tornou uma referência internacional de coragem e humanidade permitirá uma peça de teatro de elevado coturno. Agiu de acordo com a sua consciência. Por isso, ouso afirmar que foi uma pessoa feliz. E que, apesar disso, ficou na História.”
José Miguel Júdice
“Foi com emoção e muita expectativa que li o romance histórico da escritora Sónia Louro. De leitura agradável e extremamente atractiva, a autora faz-nos um relato muito completo do crescendo do conflito interior com que se debateu Aristides de Sousa Mendes e que eclode na acção de salvamento. De realçar a atenção dada pela autora, ao papel de Angelina de Sousa
Mendes que acompanha atentamente o seu marido na angústia do drama dos refugiados, cuja narração me parece muito bem conseguida. É evidente que a autora se documentou exaustivamente, o que me leva a aconselhar, vivamente, a leitura deste Romance Histórico, a todos aqueles a quem este tema interessa.”
Álvaro de Sousa Mendes
Presidente do Conselho de Administração da Fundação Aristides de Sousa Mendes
“Sendo neto do próprio, do «Justo», desde muito jovem que me alimento da sua memória e do seu gesto. É certamente o primeiro grande gesto praticado por alguém.... atrevo-me mesmo a dizer «o maior» que me marcou ao longo da vida. Os elementos e as pessoas referidos nesta obra fazem parte do meu quotidiano desde sempre... posso quase afirmar que os conheço a todos e
no entanto.... Sónia Louro dá-me mesmo o prazer de conhecer factos e pormenores que me faltavam. Com a sua habilidade e arte de escrita, consegue despertar totalmente o meu interesse e curiosidade... mas afinal quantas vezes é que eu já ouvi esta história e estes factos?... Como irá ela abordar este ou aquele episódio? .... O facto de ter alternado o capítulo central (a acção salvadora de Bordéus -1940) com os outros episódios da vida passada de Aristides, desde Cabanas, Zanzibar, Brasil, Califórnia, etc, até que se entrecruzem em Bordéus, constitui um processo de escrita ousado e promissor. Este livro de Sónia Louro sendo um excelente romance é também uma magnífica maneira de dar a conhecer «o caso Aristides de Sousa Mendes». A realidade impõe- se à ficção e Sónia Louro aceita esse facto com a maior elegância.
António Moncada de Sousa Mendes
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