segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Novidades da Presença para Janeiro



A Presença traz novidades interessantes para este mês de Janeiro. Há três livros que destaco e que tenho curiosidade de ler:
ANTES DE NOS ENCONTRARMOS
Maggie O´Farrel
Stella e Jake estão separados por milhares de quilómetros; ela vive em Londres, e ele em Hong Kong. Nada sabem acerca da existência um do outro, mas, um dia, no mesmo instante, ambos vão viver experiências que os levarão a deixar tudo para trás e, sem o saberem, a encurtar a distância geográfica e emocional que os separa, ao encontro um do outro e de si mesmos. Começa assim uma narrativa em que, pouco a pouco, nos são desvendadas duas histórias, que percorrem várias gerações, sobre identidades desenraizadas, os laços que nos unem e o apelo inconsciente do passado e dos seus segredos.

O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON

F. Scott Fitzgerald
Na génese deste conto publicado pela primeira vez em 1922 terá estado, segundo F. Scott Fitzgerald, uma observação de Mark Twain em que o escritor lamentava que a melhor parte da vida fosse ao início e a pior no fim. Assim nasceu Benjamin Button, mas, como o leitor poderá começar a adivinhar, para grande desgosto e estupefacção de todos os envolvidos, o «pequeno» Benjamin vem ao mundo com a aparência, o tamanho e as peculiaridades de um homem de 70 anos… O Estranho Caso de Benjamin Button inspirou uma adaptação ao grande ecrã a estrear brevemente, realizada por David Fincher e com Brad Pitt e Cate Blanchett nos papéis principais.

E a reedição de O RISO DE DEUS
António Alçada Baptista
Ler Alçada Baptista é sempre, de alguma forma, um reencontro. Para quem o tem e acompanha o seu percurso de escritor, é como retomar uma conversa interrompida algures, que se continua com renovado prazer. Ao acompanhar a vida de Francisco, o personagem central deste romance, ao longo das suas escolhas, da sua procura, ele que deliberadamente escolheu a via do sonho possível, da busca dos valores mais essenciais -, ao acompanhá-lo nas suas deambulações pelo mundo, pela história, ao sabor dos acasos, encontros e amores - já que para o protagonista a cumplicidade com o feminino se configura como um «aceno do futuro» -, o leitor é levado a tomar consciência de uma forma de questionamento radical. Radicalidade que decorre do facto de ser a toda uma vida que se faz um balanço, tendo por contraponto esse horizonte que é a morte. Deus? Possivelmente. Mas um Deus que ri, um Deus que joga, no sentido lúdico do termo, um Deus apaixonado pela pura alegria de existir.

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