
Relativamente ao projecto do Espaço Torga este é assinado pelo arquitecto Souto Moura. O objectivo principal do espaço é constituir um centro literário de referência, além da divulgação da obra de Torga. Vai ter biblioteca, livraria, auditório e sala de exposições.
Miguel Torga, nome de baptismo Adolfo Correia da Rocha, nasceu a 12 de Agosto de 1907, em São Martinho de Anta, concelho de Sabrosa, e faleceu a 17 de Janeiro de 1995, em Coimbra.
Em 1928 entrou para a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e publicou o primeiro livro, "Ansiedade", de poesia. Em 1929, com 22 anos, deu início à colaboração na revista Presença, folha de arte e crítica, com o poema “Altitudes”. A revista, fundada em 1927 pelo grupo literário avançado de José Régio, Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca, era bandeira literária do grupo modernista e era também, bandeira libertária da Revolução Modernista.
Ama a cidade de Coimbra, onde viria também a exercer a sua profissão de médico a partir de 1939 e onde escreve a maioria dos seus livros. Em 1933 concluiu a formatura em Medicina, com apoio financeiro do tio do Brasil. Exerceu no início nas agrestes terras transmontanas, de onde era originário e que são pano de fundo da maior parte da sua obra.
Em 1934, aos 27 anos, Adolfo Correia Rocha autodefine-se pelo pseudónimo que criou, "Miguel" e "Torga". Miguel, em homenagem a dois grandes vultos da cultura ibérica: Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno. Já Torga é uma planta brava da montanha, que deita raízes fortes sob a aridez da rocha, de flor branca, arroxeada ou cor de vinho, com um caule incrivelmente rectilíneo. A sua campa rasa em São Martinho de Anta tem uma torga plantada a seu lado, em honra ao poeta.
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