Título: O Vencedor está só
Autor: Paulo Coelho
N.º de Páginas: 352
PVP: 15,50€
Sinopse:
O Vencedor Está Só é, segundo Paulo Coelho, uma fotografia do mundo em que vivemos. A acção, em ritmo acelerado, passa-se em 24 horas, durante o Festival de Cinema de Cannes. Mas não é a indústria cinematográfica que está em jogo para Igor Dalev, o empresário russo que chega à cidade francesa com a obsessão de recuperar Ewa, o grande amor da sua vida. Para chamar a atenção da ex-mulher, Igor transforma-se num assassino em série. Em torno desta mente doentia estão produtores, actores consagrados, candidatas a actriz, top models e estilistas, num retrato impiedoso da Superclasse, a elite da elite que define o rumo da vida dos nossos dias. Transmitindo ao leitor pormenores de como vivem e se comportam as personagens baseadas na vida real, Paulo Coelho faz do seu romance não só um testemunho da crise de valores de um universo centrado nas aparências mas, acima de tudo, um thriller que se lê de um só fôlego.
A minha opinião:
Igor, presidente de uma empresa de telecomunicações russa, viaja para Cannes, local onde se encontra a sua ex-mulher com o actual marido, Hamid, um costureiro famoso. Pensando na ex-mulher a toda a hora, tornando-se numa clara obsessão, Igor transforma-se num assassino em série matando, ao longo de um dia, algumas pessoas que se atravessam no seu caminho e sem razão aparente.
A captura deste assassino torna-se, portanto, muito complicada, já que os mortos não têm qualquer ligação entre eles, não estabelecendo qualquer pista para a polícia local.
Pelo meio da trama, misturam-se ainda uma jovem modelo que é aliciada por uma proposta irrecusável e uma aspirante a actriz que viu o seu sonho transformar-se em realidade, quando é escolhida para ser a personagem principal de um filme, cujo realizador é bastante conhecido no meio.
“…Perguntei-lhe porque estava naquela festa: respondeu-me que perdera o seu amor, que viera até ali para a procurar, e agora já não tinha a certeza se desejava exactamente aquilo. Pediu-me que olhasse ao meu redor: estávamos cercados de pessoas cheias de certezas, de glórias, de conquistas. Comentou: «Não se estão a divertir. Acham que chegaram ao topo das suas carreiras, e a inevitável descida assusta-os. Esqueceram-se de que ainda existe um mundo inteiro para conquistar porque se habituaram. Passaram a ter muitas coisas e poucas aspirações. Estão cheios de problemas resolvidos, projectos aprovados, empresas que prosperam sem que seja necessária qualquer interferência. Agora, só lhes resta ter medo da mudança, e por isso andam de festa em festa, de encontro em encontro – para não terem tempo para pensar. Para encontrarem as mesmas pessoas e acharem que continua tudo igual. As certezas substituíram as paixões.”
“…por vezes a vida separa determinadas pessoas apenas para que cada uma delas perceba o quão importante é para a outra.”
“O nome faz com que alguém se transforme num indivíduo único e especial, com passado e futuro, ascendentes e possíveis descendentes, conquistas e derrotas. As pessoas são os seus enormes, orgulham-se deles, repetem-nos milhares de vezes no curso de uma vida e identificam-se com essas palavras. É a primeira palavra que aprendem depois do genérico «papá» e «mamã».
Mas o espírito não tem nome, é a verdade pura, habita aquele corpo por um determinado período e um dia irá deixá-lo – sem que Deus se preocupe em perguntar «Quem é você?» quando a alma chega diante do julgamento final. Deus perguntará apenas: «Você amou enquanto estava vivo?» A essência da vida é essa: a capacidade de amar, e não o nome que carregamos nos nossos passaportes, cartões-de-visita, bilhetes de identidade.”
Paulo Coelho é um dos escritores mais lidos do Mundo, porém acaba por ser igualmente um dos mais polémicos e votado ao desprezo, visto os seus livros não merecerem sequer crítica internacional. Apesar disso, cada livro que é lançadotorna-se um best-seller. Já vendeu mais de 100 milhões de livros em 160 países.
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