sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A Mulher da minha Vida - António Garcia Barreto [Opinião]

Título: A Mulher da Minha Vida
Autor:
António Garcia Barreto
N.º de Páginas: 352
PVP: 4,90€

Sinopse:
Eneias Trindade, um inspector conceituado, é escolhido para acompanhar a investigação sobre o avião que se despenha nas Azenhas do Mar. Uma missão que irá mudar para sempre a sua vida. O que parecia ser um acidente acaba, após testemunhos sobre a existência de um cadáver e um artigo do Repórter X sobre o despenhamento, por se tornar um complicado caso de polícia. Decidido a descobrir a verdade, Eneias Trindade vê-se envolvido em perigosos jogos de poder e perseguições políticas, é afastado da chefia da polícia e decide mudar de vida tornando-se detective privado. Mas não se afasta do mistério que envolve a queda do avião e da esperança de tentar reencontrar o grande amor da sua vida. Um mistério que envolve um cidadão inglês de duvidosa reputação. Descrições de época, retrato de uma Lisboa ainda popular à beira de se tornar uma cidade onde o medo se vai impondo, num enredo cativante e uma história sobre a esperança de reencontrar um grande amor.

A minha opinião:
Um livro que retrata os anos 30 e o começo da ditadura e da entrada no poder de António Salazar como Ministro das Finanças.
Tudo tem início quando Eneias Trindade é solicitado para comandar a investigação de um aeroplano que caiu, envolto em misteriosas circunstâncias. No entanto, quando começa a descobrir o âmago do acidente e a história que está por trás, o seu superior manda suspender a investigação com a desculpa de que já está tudo investigado e não há nada mais a revelar.
Como Eneias é uma pessoa de convicções fixas, e o que está começado é para levar até ao fim, resolve investigar por sozinho o acidente. Começa a ser seguido pela secreta, polícia política, que o chega, inclusive, a agredir, ameaçando-o para que lhes devolva uma prova que eles tanto andam à procura.
De facto, o autor traça um retrato fidedigno do Portugal daquela época, em que só Lisboa é que interessava, o resto era paisagem, e que o Estado é que comandava. Quando olho para os dias de hoje, apesar de estarmos numa democracia, bem analisado há muita coisa que urge mudar.

1 comentário:

Rock In The Attic disse...

Eu li este livro e gostei bastante.

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