quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Livros com a Visão já na próxima semana

No próximo dia 4 de Novembro a revista Visão vai lançar uma nova colecção de livros, desta feita, baseados em filmes.

  • 4 de Novem­bro: Este País Não É Para Velhos - Cor­mac McCarthy
  • 11 de Novem­bro: Eu Sou a Lenda - Richard Mathe­son
Sinopse:
Robert Neville é o último homem vivo na Terra... mas não está sozinho. Todos os outros homens, mulheres e crianças transformaram-se em vampiros e estão sequiosos pelo sangue de Neville. De dia, ele é o predador, caçando os mortos vivos pelas ruínas abandonadas da civilização. De noite, Neville barrica-se em casa e reza para que chegue a manhã. Durante quanto tempo pode um homem sobreviver num mundo de vampiros?

  • 18 de Novem­bro: Casino Royale - Ian Fle­ming
Sinopse:
O agente 007, sempre sedutor e sofisticado, atraente e perigoso, tem como missão neutralizar uma rede terrorista russa. Num arriscado jogo de bacará, no mítico Casino Royale, Bond terá de vencer o temível Le Chiffre. No entanto, a atracção de James Bond por uma belíssima agente parece conduzir tudo ao desastre... Até que surge um inesperado aliado. Os livros de Ian Fleming forma traduzidos para mais de quinze idiomas e são vendidos em edições sucessivas em todo o mundo. Poucos meses após a sua morte, as vendas chegaram a uma cifra recorde de vinte e um milhões de exemplares - número que só não transcende o de espectadores da série cinematográfica de 007, um sucesso internacional de bilheteira.
  • 25 de Novem­bro: Mil­lion Dol­lar Baby - F.X. Toole
Sinopse:
  • 2 de Dezem­bro: O Estra­nho Caso de Ben­ja­min But­ton - Francis Scott Fitz­ge­rald
Sinopse:
Na génese deste conto publicado pela primeira vez em 1922 terá estado, segundo F. Scott Fitzgerald, uma observação de Mark Twain em que o escritor lamentava que a melhor parte da vida fosse ao início e a pior no fim. Assim nasceu Benjamin Button, mas, como o leitor poderá começar a adivinhar, para grande desgosto e estupefacção de todos os envolvidos, o «pequeno» Benjamin vem ao mundo com a aparência, o tamanho e as peculiaridades de um homem de 70 anos… O Estranho Caso de Benjamin Button inspirou uma adaptação ao grande ecrã.
  • 9 de Dezem­bro: Pre­ci­ous - Sapphire

Um erro inocente - Dorothy Koomson [Opinião]


Título: Um erro inocente
Autor: Dorothy Koomson
Tradução: Irene Ramalho
N.º de Págs.: 448
Capa: mole
PVP: 16,50 €

Sinopse:
O primeiro amor pode matar...
Durante a adolescência, Poppy Carlisle e Serena Gorringe foram as únicas testemunhas de um trágico acontecimento. Entre aceso debate público, as duas glamorosas adolescentes viram-se a braços com os tribunais e foram apelidadas pela imprensa de "As Meninas do Gelado". Anos mais tarde, tendo seguido percursos de vida muito diferentes, Poppy está decidida a trazer ao de cima a verdade sobre o que realmente sucedeu, enquanto Serena, esposa e mãe de dois filhos, não pretende que ninguém do presente desvende o seu passado. Mas é impossível enterrar alguns segredos - e se o seu for revelado, a vida de ambas voltará a transformar-se num inferno... Emocionante e enternecedora, esta história fará com que nos perguntemos se alguma vez poderemos conhecer verdadeiramente aqueles que amamos.
A minha opinião:
Este foi, sem qualquer dúvida, o melhor livro que li de Dorothy Koomson. Com uma estória cativante desde o início, “Um erro inocente” conta como duas jovens de 15 anos foram ludibriadas por um homem sem escrúpulos, pelo qual se apaixonaram e se entregaram avassaladoramente. Por detrás de um disfarce de professor de história bem comportado, Marcus leva uma vida de pedófilo sem que ninguém se aperceba. Consegue atrair a sua aluna Serena para aulas extracurriculares e daí até esta se apaixonar por ele ao ponto de se entregar totalmente, perdendo a virgindade com ele e sofrendo maus tratos físicos, foi um passo.
Pelo meio surge ainda Poppy uma outra jovem de 15 anos que Marcus encontra num parque a comer gelado. Desde logo fica fascinado e tal como acontece com Serena, também esta jovem insegura cai nos braços de Marcus que, inventando desculpas atrás de desculpas acaba por andar com as duas ao mesmo tempo.
O problema é quando Marcus aparece esfaqueado e as jovens são acusadas de assassínio. Uma delas é condenada, mas jura que está inocente. A outra é ilibada e jura também que está inocente.
É a vida destas duas jovens, passado praticamente 30 anos que vivemos neste “um erro inocente”. O que este tempo as transformou, como modificou as suas vidas e como a tentativa de uma delas de provar que, apesar de ter sido presa, é inocente, vai causar no seu futuro.
Este livro fala sobretudo de relações. Na relação de Marcus com as duas jovens, na relação de Serena com o seu marido e os dois filhos, na de Poppy com os pais, na das irmãs de Serena que vivem relações conturbadas.
Um livro a não perder apesar do final previsível.
Excerto:
“É tudo tão frágil quando se é como eu. Quase nada é permanente. Vivo à beira do precipício do meu passado, em risco constante de cair, de que descubram aquilo de que fui acusada, o rótulo que o público me atribuiu, e de que voltem a querer julgar-me pelo mesmo crime.”

Histórias Daqui e Dali, novo livro de Luis Sepúlveda, inédito em Portugal, chega no dia 8 de Novembro às livrarias

Título: Histórias Daqui e Dali
Autor: Luis Sepúlveda
Tradução: Henrique Tavares e Castro
N.º de Págs.: 160
PVP: 14,54 €

Chega no dia 8 de Novembro às livrarias Histórias Daqui e Dali, o novo livro de Luis Sepúlveda, inédito em Portugal.
Depois de quatro romances de Luis Sepúlveda publicados, a Porto Editora lança agora um livro de histórias deste autor chileno que desde há muito tempo conquistou os leitores portugueses. Histórias Daqui e Dali é um conjunto de 25 relatos onde as palavras do autor nos remetem sempre para um mesmo território literário: o território dos derrotados que se negam a aceitar a derrota.

Luis Sepúlveda vem a Lisboa e ao Porto em meados de Novembro para contactos com o público e com a comunicação social.

Sinopse:

«Tá, diz-se em uruguaio quando se procura afirmar com ênfase, e Tá respondeu Mario Benedetti quando a decência perguntou se havia que arriscar pelos pobres, pelos fracos, pelos condenados da terra, pelos que não tinham direito à alegria, pelos que sonhavam com uma existência justa, por uma palavra ‘amanhã’ plena de sentido.»
Esta frase, que dá início a uma das histórias que Luis Sepúlveda recolhe neste livro, resume perfeitamente tanto o espírito que guia a vida do autor chileno, como as suas palavras. Palavras seguras, potentes mas sussurrantes, que sempre nos interrogam sobre o estado do mundo e das suas gentes. Foi essa interrogação constante que consagrou Luis Sepúlveda como um dos mais originais escritores de língua castelhana.
Nestas 25 histórias somos transladados para diversos cenários, distintas situações, países daqui e dali. Um território bem conhecido dos leitores de Luis Sepúlveda que, neste livro, se reencontrarão com algumas das melhores passagens da sua extensa obra literária.

Sobre o autor:
Luis Sepúlveda nasceu em Ovalle, no Chile, em 1949. Da sua vasta obra (toda ela traduzida em Portugal), destacam-se os romances O Velho que Lia Romances de Amor e História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar. Mas Mundo do Fim do Mundo, Nome de Toureiro, Patagónia Express, Encontros de Amor num País em Guerra, Diário de um Killer Sentimental ou A Sombra do Fomos (Prémio Primavera de Romance em 2009), por exemplo, conquistaram também, em todo o mundo, a admiração de milhões de leitores.
No catálogo da Porto Editora (que publicará toda a sua obra) figuram já A Lâmpada de Aladino, O Velho que Lia Romances de Amor, A Sombra do que Fomos e História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar.

Críticas:
A escrita de Luís Sepúlveda não tem fronteiras. Viaja por territórios distintos, inspira-se em pequenos acontecimentos, descobre conexões com todo o sentido […] Jornal de Negócios

Sepúlveda é um contador de histórias nato. Eficaz e sabedor do ofício. Ípsilon, Público


Uma escrita sem grandes adornos para contar histórias cuja simplicidade é inversamente

proporcional à emoção que lá vem dentro. Visão

Novidades Bertrand para Novembro

Título: Comer Animais
Autor: Johnathan Safran Foer

Face à perspectiva de ter de explicar ao filho por que razão

comemos uns animais e não outros, Johnathan Safran Foer, um
dos mais originais e brilhantes jovens autores de língua inglesa
da actualidade, dispôs-se a explorar as origens de muitas
tradições alimentares e as ficções que ajudaram a criá-las…
Um
debate sobre o vegetarianismo. Best-seller nos EUA e Reino
Unido.
«Se alguém continuar a consumir os produtos da indústria depois de ler o livro de Foer, poderá dizer-se que não tem coração ou que é insensível à razão, ou ambos.»
J. M. Coetzee (Nobel da Literatura)


Título: A mão de Fátima
Autor: Ildefonso Falcones

Um país dividido entre duas religiões.

Um homem que luta pelo seu próprio destino.
Um amor sem limites.
Com mais de quatro milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, Ildefonso Falcones é autor do
best-seller internacional A Catedral do Mar (com cerca de 12.000 exemplares vendidos em Portugal)




Título: O perfil do Monstro
Autor: Arundhati Roy
Vencedora do Booker Prize em 1997 com O Deus das Pequenas Coisas, Arundhati Roy traz-nos neste livro, através de um conjunto de entrevistas, a sua análise do mundo actual e das suas constantes mudanças traçando assim O Perfil do Monstro.







Título: A Insaciável
Autor: Meg Cabot

«A autora da popular série Diários da Princesa salta agora para o carro dos vampiros» Booklist

Meg Cabot, número 1 do New York Times, com mais de 15
milhões de livros vendidos, é considerada «A mestre do seu
género» (Publishers Weekly).

A Insaciável é a versão moderna e divertida do Drácula.


Título: O Símbolo Perdido [Edição Especial Ilustrada]
Autor: Dan Brown

O livro mais vendido do ano em Portugal.
Mais de 5 milhões de

exemplares vendidos em todo o mundo.
Ao revelar um mundo de mistérios antigos, sociedades secretas
e uma História impressionante, a Edição Especial Ilustrada
desvenda toda uma nova dimensão de intriga e fascínio.
Com mais de cem imagens a cores, é um complemento essencial ao original

Título: Um amor imenso
Autor: Danielle Steel

Danielle Steel, a autora mais lida do mundo, com 580 milhões de exemplares vendidos, acredita em finais felizes.
No regresso da sua viagem de noivado, Edwina passa de uma jovem e feliz noiva a órfã com os cinco irmãos mais novos a seu cargo. Poderá ela voltar a amar e ser feliz?








Título: Bimby – Receitas com História

As melhores receitas para saborear com a família e amigos Com inúmeras receitas para experimentar na sua Bimby, este livro revela um pouco mais sobre a invenção que veio revolucionar a forma de estar na cozinha.
Para o dia-a-dia ou para ocasiões especiais, este livro reúne mais
de 60 receitas para se inspirar quando reúne amigos, família ou,
porque não, quando está sozinho e resolve ter um momento de
pura degustação “home alone”.


Título: Camarate – Um Caso Ainda em Aberto
Documento que se debruça e levanta novas questões sobre um dos casos mais enigmáticos e mediáticos da História portuguesa recente, pela mão de uma das figuras de maior prestígio do panorama político e social português.

Título: Dom Quixote de La Mancha
D. Quixote decide que é seu "ofício e exercício andar pelo mundo endireitando tortos, e desfazendo agravos" e parte à aventura na companhia de seu fiel e prosaico escudeiro, Sancho Pança. As hilariantes maluquices do Cavaleiro Andante liquidam, com a sua "moral do fracasso", as últimas ilusões da epopeia: aquilo a que Adorno chama "a ingenuidade épica". Depois de D.
Quixote , nada mais será igual.

Título: A Paixão de Constança
A Paixão Segundo Constança H. traz consigo toda a violência e todo o sofrimento daquele a quem coube em sorte viver num mundo em transformação, onde os valores tradicionais da família e os afectos a que nos tínhamos habituado a considerar mais estáveis resvalam, gradualmente, para um terreno movediço e irrespirável.

Lançamento do livro “O Bicho-de-sete-cabeças – História de uma eleição democrática”, de Carmen Zita Ferreira apresentado em Ourém no dia 7

Título: “O Bicho-de-sete-cabeças – História de uma eleição democrática”
Autora: Carmen Zita Ferreira
Ilustrado por: Sandra Serra
Editora: Ed. Trinta por uma linha

O livro retrata a vida de uma cidade - Cata-vento - que elege democraticamente um seu cidadão - o Bicho-de-sete-cabeças - para presidir aos seus destinos. Na hora da tomada de posse ocorre um problema: Qual das sete cabeças coroar? O que aparentemente é um problema (de sete-cabeças) torna-se ocasião para uma reflexão sobre as qualidades do líder democrático. No dizer de Eduardo Marçal Grilo, que assina o posfácio, “esta história (…) é uma dessas que nos encanta e que ainda nos ensina como é importante ser bom, justo, humilde, determinado, honrado, sabedor e imparcial.”

Sobre a autora:
Carmen Zita Ferreira nasceu em 1974 e é natural de Ourém. Estudou em Lisboa, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova, tendo terminado neste estabelecimento a Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas – Estudos Portugueses, a Pós-graduação no Ramo de Formação Educacional e ainda a Pós-graduação em Cultura Portuguesa Contemporânea.
Em 2004 publicou o seu primeiro livro de poesia “Jogo de Espelhos”.
Estreia-se em 2010 na Literatura Infanto-juvenil com o livro “O Bicho-de-sete-cabeças – História de uma eleição democrática”, pela editora Trinta por uma linha.
Livros publicados: - “Jogo de Espelhos” (poesia), Ed. Som da Tinta, 2004; - "Do mar grande e doutras águas" - Antologia de poesia, Ed. Gama, 2006; - "Foto & Legenda, o blog" - Ed. Som da Tinta, 2006 (participação); - "I Antologia de Poetas Lusófonos" - Ed. Folheto & Design, 2007; - "Poiesis XVI" - Ed. Minerva, 2008; - "II Antologia de Poetas Lusófonos", Ed. Folheto & Design, 2009; - “O Bicho-de-sete-cabeças – História de uma eleição democrática”, Ed. Trinta por uma linha, 2010.

Sobre a ilustradora:
Sandra Serra nasceu em Luanda, em 1968. É Designer Gráfica e Ilustradora desde 1994, tendo sido várias vezes mencionada como uma das actuais referências da ilustração infanto-juvenil nacional.
Estudou na ARCO, onde terminou o Curso de Design Gráfico.
É sócia da Espiral Inversa (http://www.espiralinversa.pt/) desde 2007.
Livros publicados: - “A Carochinha e o João Ratão” – Luísa Ducla Soares – Civilização, 2005; - “Alana a Bailarina das Águas” – Alice Cardoso – Nova Gaia, 2007; - “Gui e o Natal Verde no Planeta Azul” – Sandra Serra – Espiral Inversa, 2007; - “Alana e as Algas Misteriosas” – Alice Cardoso – Nova Gaia, 2008; - “Livro com cheiro a caramelo” – Alice Vieira – Texto Editores, 2008; - “A Mensagem” – Fernando Pessoa (adaptação Mafalda Ivo Cruz) – Quasi, 2008; - “Afonso Henriques” – Ana Oom (adaptação) – Zero a Oito, 2008; - “Gui e a Descoberta da Magia do Faz-de-Conta” – Sandra Serra – Espiral Inversa, 2008; - “Alana e a Lontra Lutra” – Alice Cardoso – Nova Gaia, 2008; - “Os Sapatos do Pai Natal” – José Fanha – Gailivro, 2008; - “Histórias que contei aos meus filhos” – Fernando Nobre – Oficina do Livro, 2008; “O Bicho-de-sete-cabeças – História de uma eleição democrática” – Carmen Zita Ferreira - Ed. Trinta por uma linha, 2010.

A Trinta por uma Linha é uma editora de literatura infantil e juvenil que se tem afirmado no panorama editorial nacional pela publicação de autores consagrados e de novos autores, seja na escrita, seja na ilustração.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dois anos depois de A Escrava de Códova, Porto Editora vai publicar A Profecia de Istambul, de Alberto S. Santos

Título: A Profecia de Istambul
Autor: Alberto S. Santos
N.º de Págs.: 424
Capa: mole
PVP: 18,90€

Com A Escrava de Córdova, publicado em 2008, Alberto S. Santos saiu do anonimato enquanto escritor e atingiu um patamar de grande sucesso, comprovado pelos mais de 15 mil livros vendidos, um valor notável para uma primeira obra de um autor português. Dois anos depois, a 11 de Novembro, a Porto Editora publica A Profecia de Istambul, o segundo romance do escritor.
Se do primeiro livro se podia dizer que a forma como o rigor histórico (que resulta em verdadeiros momentos de aprendizagem por parte do leitor) se fundia com um enredo cativante e cheio de ritmo era o grande trunfo, desta nova obra espera-se uma leitura ainda mais entusiasmante.

Depois de no lançamento de A Escrava de Córdova, no Salão Árabe do Palácio da Bolsa, no Porto, terem estado presentes mais de quinhentas pessoas, a expectativa para o evento de apresentação de A Profecia de Istambul é muito elevada. A Porto Editora está a preparar uma grande operação em conjunto com o El Corte Inglés Gaia-Porto e em breve anunciará mais detalhes.
Adiante-se, no entanto, que o livro será apresentado por Francisco José Viegas.


Alberto S. Santos foi, aliás, um autor muito solicitado para apresentações de A Escrava de Córdova. No total, foram mais de cem; visitou escolas, universidades, bibliotecas e, claro está, livrarias. Esteve na Madeira, nos Açores e também em Espanha, onde o livro já se encontra publicado. O seu primeiro romance foi um dos maiores sucessos das últimas feiras do livro de Lisboa e Porto, mesmo tendo sido publicado em 2008. No último dia do certame do Porto, o autor assinou – e o número é significativo – perto de cem livros.

A Profecia de Istambul também vai ser apresentado em digressão nacional nas livrarias Bertrand e o autor vai estar em França no início do próximo ano, no Consulado de Portugal em Paris, para dar a conhecer a obra à enorme comunidade lusa.

De Júlio Maresia a autor reconhecido
Só depois de contactar Júlio Maresia, autor de um original recebido semanas antes, é que a Porto Editora ficou a saber que esse nome era, afinal, pseudónimo de Alberto S. Santos, Presidente da Câmara Municipal de Penafiel.
Mais de dois anos depois, o pseudónimo faz parte do passado e Alberto S. Santos é um nome reconhecido, cuja obra começa a suscitar grande interesse no estrangeiro.

A Profecia de Istambul
Apenas um pequeno grupo de iluminados conhece o inquietante mistério associado à Lança do Destino que, em silêncio, atravessa séculos e milénios. As cidades de Istambul, Argel e Salónica do século XVI são o exótico cenário da luta entre o Bem e o Mal, onde nasce uma terrível profecia que ameaça o futuro da Humanidade.
A Profecia de Istambul é um empolgante romance que traz à cena os prodigiosos seres que transformaram a bacia do Mediterrâneo num fervente caldeirão cultural durante o Século de Ouro. Num tempo em que mudar de religião pode significar a ascensão social ou a fogueira da Inquisição, muitos são os homens e as mulheres permanentemente confrontados com as mais duras penas, e com a sua própria consciência, para que tomem a decisão das suas vidas.
Pelo meio de corsários, cativos, renegados, conquistadores e judeus fugidos dos estados ibéricos, entre um inviolável pacto e um perturbante mistério, emerge uma fascinante história de amor, que irá colocar à prova os valores mais profundos de um ser humano.

A Escrava de Córdova
A acção decorre na passagem do século X para o XI, época de grandes tensões na Península Ibérica, e segue a vida de Ouroana, uma jovem nobre cristã, filha do Conde Múnio Viegas, primeiro Governador de Anégia e fundador da família dos Ribadouro. Remonta a uma época especial da História peninsular, a da fragilidade dos Reinos Cristãos e do tempo áureo do Califado Omíada sedeado em Córdova, onde governava (em nome do Califa) o seu chefe militar e civil mais conhecido: Almançor.
A Escrava de Córdova dá a conhecer o ângulo mais brilhante, mas também o mais duro e cruel, da civilização muçulmana do al-Andalus. A narrativa é apaixonante e revela a mentalidade, a geografia, o quotidiano urbano, as concepções religiosas, a fremente História do dobrar do primeiro milénio, mas, sobretudo, a intensidade com que se vivia na terra onde, mais tarde, nasceram Espanha e Portugal. Uma explicação rigorosa para a mescla cultural e civilizacional celto-muçulmano dos actuais povos peninsulares, mas também uma profunda lição sobre as origens, fundamentos e consequências da conflituosidade étnico-religiosa que hoje, tal como no distante ano 1000, ainda grassa no mundo.

Sobre o autor:
Alberto S. Santos é advogado, formado pela Universidade Católica Portuguesa, exercendo actualmente funções públicas. É natural de Paço de Sousa, Penafiel, onde reside.
A Profecia de Istambul é o seu segundo romance, depois do best-seller A Escrava de Córdova

Críticas a A Profecia de Istambul
Com grande rigor histórico, o autor convida-nos a fazer uma peculiar viagem no tempo: o século XVI nas duas margens do Mediterrâneo, ainda dominado pela Espanha, em que a Inquisição e a pirataria campeiam e as religiões se gladiam de modo implacável.
Trata-se de uma história meticulosamente engendrada com um “suspense” crescente até ao fim, através duma rede de personagens típicas de uma época em que o sagrado e o profano se confundem, a violência integra o quotidiano com naturalidade e faltam ainda dois séculos para emergir o tempo da tolerância.
Elvira Azevedo Mea, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, membro da Academia Portuguesa de História e da Union of Jewish Studies, investigadora nas áreas da Inquisição e do Judaísmo.

Críticas a A Escrava de Córdova
Notável e intelectualmente irrepreensível.
Expresso
Uma teia ficcional muito interessante, carregada de cenas emocionantes, de magia medieval e mitos antigos, bem como de explicações eruditas. Lê-se com prazer e permanente curiosidade e ultrapassa, por essa mensagem, o vulgar romance histórico. Urbano Tavares Rodrigues, escritor
Diariamente chegam-me às mãos dezenas de manuscritos de autores emergentes que procuram conhecer a minha opinião sobre o seu trabalho. Nenhum me surpreendeu tanto como A Escrava de Córdova. Ler este romance fez-me lembrar Amin Maalouf e O Périplo de Baldassare. Aqui vemos o mesmo gosto pelo detalhe e pelo pitoresco, num livro escrito com tanta alma que nos faz desejar ler sempre a próxima página. José Rodrigues dos Santos, escritor e jornalista
O primeiro romance do Presidente da Câmara de Penafiel conta (...) o quotidiano, a geografia e mentalidade da civilização celto-muçulmana. Revista LER
Uma história (...) sobre o caldo cultural e civilizacional fundador dos actuais povos peninsulares e uma profunda explanação sobre a conflituosidade étnica e religiosa. Revista Os Meus Livros
Tese eficaz e arrojada, onde creio que pensadores e filósofos vão passar boa parte do século XXI, um dos claros pontos de sucesso do romance. Pedro Sena-Lino, escritor e investigador.
A Escrava de Córdova apresenta uma sólida documentação histórica, aliada a uma intriga interessante e bem modelada, quer ao nível das personagens, quer ao nível das descrições e da reconstituição dos ambientes. Maria de Fátima Marinho, professora catedrática
É reconfortante, para quantos sentem o fascínio da Idade Média, tempo de luz e de espiritualidade, que não de trevas, como vulgarmente se diz, ver surgir mais um autor português que, com talento, contribui para resgatar do olvido a época de ouro que foi, no nosso território, a do Gharb al-Andalus. Adalberto Alves, escritor e conferencista

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A Livros d'Hoje e o Museu da Marioneta convidam para o lançamento do livro de Jorge Gabriel, «O Livro dos Avós»

Guerra & Paz: Craig Russell está de volta com nova série policial

Título: Lennox
Autor: Craig Russell
Tradução: Rui Santana Brito
Nº de páginas: 344
Género: Ficção/ Policial
Preço: 17,00€
Saída: 26 de Outubro

Craig Russell, autor traduzido para mais de 20 línguas, regressa às livrarias portuguesas com mais um bestseller mundial, sob a chancela da Guerra & Paz Editores. O detective privado Lennox dá o nome ao primeiro livro desta série policial.
Lennox encontra-se na cidade errada à hora errada: Glasgow. Em 1953, a guerra terminou mas a luta nas ruas está apenas a começar, e Lennox está no centro das atenções. Entre o crime e a legalidade, entre a honra e a ganância, Lennox tem apenas uma certeza: este é um sítio onde só os mais duros e implacáveis sobrevivem.
Sem esperar, os papéis invertem-se: o detective dá por si no local do crime e tudo aponta para que ele próprio seja o criminoso.
Uma história que reúne suspense, mistério, acção e um apurado sentido de humor. O segundo livro da série será editado em 2011 pela Guerra & Paz.

Sobre o autor:
Craig Russell foi polícia e trabalhou em publicidade antes de se tornar escritor a tempo inteiro. Foi nomeado para o Duncan Lawrie Dagger Award em 2007 e ganhou o CWA Dagger in the Library, em 2008, pelos seus livros da série Jan Fabel (Bertrand).
A sua obra está traduzida em mais de 20 línguas.
Conheça melhor o autor em: http://www.craigrussell.com/

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Novidades Editora Educação Nacional para Novembro

Título: Rafael e o Segredo de Leonor
Autor: Anik Le Ray e Rébecca Dautremer
N.º de Páginas: 64
Capa: dura
PVP: 15,50€

Ao receber de herança a biblioteca de Leonor, Rafael está longe de imaginar que ela esconde o mais incrível segredo… Quando Alice, Pinóquio, o Capitão Gancho e todos os personagens dos seus contos preferidos ganham vida e começam a sair dos livros, Rafael nem quer acreditar. Contudo, uma terrível maldição cai sobre eles e só Rafael os pode salvar.

O filme do livro:
A história deste livro chegou ao cinema de animação, também pela mão de Rébecca Dautremer (www.rebeccadautremer.com), uma das ilustradoras mais reconhecidas da actualidade.

Título: A Princesa da Neve
Autor: Emily Hawkins e Lisa Evans
N.º de Páginas: 26
Capa: dura
PVP: 16,60€

Uma jovem princesa, amaldiçoada com um coração
de gelo, vive sozinha num palácio de neve.
Muitos
príncipes tentam resgatá-la da terrível maldição…
Mas, só encontrará a felicidade quando perceber
que o amor está mesmo debaixo do seu nariz...


Título: Angélica e o Desejo Mágico
Autor: Nicola Baxter e Marina Fedotova
N.º de Páginas: 10/3D
Capa: dura
PVP: 9,90€

Um verdadeiro conto de fadas! Uma aventura mágica onde os desejos se tornam realidade. Entusiasmantes páginas 3D convidam o leitor a voar com a Angélica, acompanhando-a na sua atribulada viagem rumo ao Palácio da Fada Rainha…

Estrela Polar lança "O Céu", de Lisa Miller - O nosso eterno fascínio pelo que existe depois da vida

Título: O Céu
Autor: Lisa Miller
N.º de Páginas: 336
PVP: 16,90€

Milhões de pessoas acreditam que o Céu é um lugar bem real. Tal como Lisa Milller demonstra neste seu absorvente livro, o desejo de uma outra vida celestial é universal – partilhado por fiéis em todo o mundo e por todas as religiões – e é tão antigo como a própria Bíblia. Embora existam muitas ideias acerca de como é exactamente o Céu e de como se chega lá, judeus, cristãos e muçulmanos concordam todos em que o Céu é a casa de Deus. O Céu é uma viagem através da história fascinante e da geografia intelectual deste território intelectual. Desde as mais antigas concepções bíblicas da vida depois da morte até às histórias de extraordinários personagens teológicos, passando pelas convicções das pessoas comuns, Miller explora as raízes das nossas crenças sobre o Céu e como elas evoluíram através dos tempos.
Revela também como a noção de Céu tem sido usada como forma de manipulação – para disseminar o bem e o mal –, como inspiração para comportamentos altruístas e como justificação para o assassínio em massa.

Sobre a autora:
Lisa Miller é a editora de Religião da Newsweek. Tem uma coluna regular na revista e em Newsweek.com e escreve artigos sobre uma vasta gama de assuntos relacionados com a religião. HEAVEN (O Céu) foi inspirado por “Visions of Heaven,” um artigo de capa da Newsweek que a autora escreveu em 2002 e que gerou uma forte reacção dos leitores. Ex-jornalista senior especializada em religião no Wall Street Journal, iniciou a sua carreira como jornalista profissional na Harvard Business Review. Ajudou a criar o website “OnFaith,” sobre religião e fé, moderado pela Newsweek e o Washington Post e também trabalhou para a The New Yorker e a Self magazine.

Apresentação de "Mulheres que Amaram Demais" de Helena Sacadura Cabral. Quarta-feira, 27 de Outubro, 18h30, El Corte Inglés

Porto Editora publica, a 3 de Novembro, os primeiros três títulos da Colecção Livros de Histórias Joe Carrot

A Porto Editora publica, a 3 de Novembro, os primeiros três títulos da Colecção Livros de Histórias Joe Carrot, um êxito internacional do mesmo autor que criou a colecção de sucesso Geronimo Stilton.
Chegam agora às livrarias: A Casa das Sombras, Um Minuto para a Meia-Noite e O Mistério do Garra Vermelha.

Primeiro que tudo, porque está a nascer mais um fenómeno junto dos mais novos (os livros são indicados para crianças a partir dos sete anos), importa saber quem é Joe Carrot. O nome dá parte da resposta: Joe Carrot é um coelho. Um coelho que trabalha como… detective. A sua agência, Carrot & Carrot, é a mais famosa de toda a cidade de Coelhópolis (é também a única…). Joe é ainda um pai de família atento, protagonista de histórias apaixonantes e divertidas, cheias de mistério e energia.
Nestes livros, é dada grande ênfase à importância da família, dos amigos, da ecologia e da protecção do ambiente.
Está prevista a publicação de, pelo menos, mais quatro títulos em 2011.

Título: O Mistério do Garra Vermelha
Colecção: Livros de Histórias Joe Carrot
N.º de Págs.: 128
Capa: mole com badanas
PVP: 8,00 €

A Volta à Ilha Grande Cenoura em bicicleta está prestes a começar e Jane Carrot é uma das concorrentes! Joe e os filhos torcem por ela, mas um ladrão misterioso anda a rondá-los durante a noite e Joe deverá detê-lo, porque ele quer roubar precisamente… a bicicleta da Jane!

Título: Um Minuto para a Meia-Noite
Colecção: Livros de Histórias Joe Carrot
N.º de Págs.: 128
Capa: mole com badanas
PVP: 8,00 €

Acreditam em bruxas? Não?! Bem, nem Joe Carrot! Na verdade, quando uma noite Rufo MacRábano aparece na agência Carrot & Carrot a pedir a Joe Carrot para resolver o mistério da Bruxa Rapina, Joe sente imediatamente o cheiro a cenouras queimadas!


Título: A Casa das Sombras
Colecção: Livros de Histórias Joe Carrot
N.º de Págs.: 224
Capa: mole com badanas
PVP: 9,50 €

Uma história estranha em Coelhópolis! Qual é o segredo que Jeff Baffins, o escritor mais amado por todos os coelhinhos, esconde? Como é que o misterioso Mister One o chantageia? Para resolver o enigma, é necessário um detective com um faro excepcional: Joe Carrot!

Porto: nova vida para a Livraria Latina



Bem conhecida dos amantes de livros no Porto, a Livraria Latina apresenta, na próxima semana, uma nova imagem e inicia uma nova fase da sua história, agora integrada na rede da CE Livrarias, no âmbito da sua parceria com a LeYa.
Uma recepção no próximo dia 27 de Outubro assinala a nova vida deste espaço.

Ao abrigo da parceria firmada com a LeYa, a CE Livrarias oficializou a aquisição da Livraria Latina, uma das mais emblemáticas da cidade do Porto. Nesta nova etapa, a agora denominada LeYa na CE Latina passará por algumas intervenções ao nível da imagem, sem no entanto perder a aparência e o encanto que a caracterizam. Haverá um especial empenho na qualidade e na diversidade da oferta, assim como no serviço e na dinamização cultural do espaço, de forma a ir ao encontro das necessidades dos clientes de sempre, assim como das dos novos visitantes. Situada na rua de Santa Catarina, em plena Baixa do Porto, a Latina é uma das livrarias mais importantes no roteiro literário da cidade invicta.

Para assinalar a nova vida da Latina, no próximo dia 27 de Outubro, às 18 horas, será organizada uma recepção para a qual estão a ser convidados os clientes de sempre, os novos clientes e várias personalidades do meio literário portuense.
A CE Livrarias, em parceria com a LeYa, conta hoje com uma rede de livrarias em todo o país, entre as quais se destacam outras livrarias históricas como a LeYa na CE Buchholz, em Lisboa, ou a Leya na CE Coimbra, na Rua Ferreira Borges, em Coimbra.

Clube do Autor lança autobiografia de António Victorino D'Almeida na próxima quinta-feira

Título: Ao Princípio era Eu
Autor: António Victorino D'Almeida
N.º de Páginas: 608 + Extratextos
PVP: 24,95€

A sua genialidade, simpatia e irreverência, indissociável da bengala e do cabelo em desalinho, fazem de António Victorino d’ Almeida uma das figuras mais queridas do panorama artístico nacional.
Pianista, compositor, maestro, escritor, realizador de cinema e de televisão, encenador, comunicador nato. Quem é, afinal, o homem por detrás de tantas criações?

Referência incontornável na vida cultural portuguesa, António Victorino d’ Almeida é conhecido sobretudo pela sua produção artística e literária (são muitas e variadas as suas incursões pelo mundo da música, do cinema, da literatura ou da televisão). Porém, Ao Princípio era Eu, a sua autobiografia, mais do que evocar todo esse percurso dá antes a conhecer o homem por detrás do profissional respeitado e multifacetado que é.
Mais do que revelar “o homem dos sete instrumentos”, como é conhecido, a autobiografia de António Victorino d’ Almeida mostra (em histórias e fotografias do seu álbum particular) o homem que era antes de se ter transformado naquilo que é hoje: uma das maiores figuras do panorama cultural português das últimas décadas. A infância, a juventude, a entrada na idade adulta, as primeiras paixões, está tudo nas mais de 600 páginas, fora extratextos, de Ao Princípio era Eu.

Sobre o autor:
António Victorino Goulart de Medeiros e Almeida nasceu em Lisboa a 21 de Maio de 1940. Aluno de Campos Coelho, finalizou o Curso Superior de Piano do Conservatório Nacional de Lisboa com 19 valores e diplomou-se em Composição pela Escola Superior de Música da cidade de Viena.

Pianista, compositor e maestro, é ainda autor da adaptação para teatro musicado de A Relíquia, de Eça de Queirós, e realizou o filme A Culpa - primeira longa-metragem portuguesa a vencer um festival de cinema no estrangeiro (Huelva, 1980).
Como escritor, publicou, entre outros, Histórias de Lamento e Regozijo, Coca-Cola Killer, Um Caso de Biografia, Polissário, Tubarão 2000, Memória da Terra Esquecida, O Que é a Música, Toda a Música que eu Conheço (2 vols.), Os Devoradores de Livros e Músicas da Minha Vida. Escreveu, apresentou e realizou mais de uma centena de documentários culturais para a televisão, foi membro do júri do Concurso de Piano de Moscovo e é actualmente Presidente do Sindicato dos Músicos Portugueses.

domingo, 24 de outubro de 2010

As Mulheres de D. Manuel I - María Pilar Queralt Del Hierro [Opinião]


Título: As Mulheres de D. Manuel I
Autor:
María Pilar Queralt del Hierro
Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 330
Editor: Esfera dos Livros
PVP: 23€


Sinopse:
D. Manuel estava nervoso, aquela era a mulher que sempre amara. Que sempre desejara. Já a noiva sentia-se resignada, na verdade, depois de ter ficado viúva de D. Afonso, filho de D. João II e herdeiro do trono de Portugal, sonhara enveredar por uma vida religiosa, ao serviço de Deus e dos mais necessitados. Mas quis o destino que os seus pais a entregassem a D. Manuel I, primo do seu falecido sogro. Isabel de Aragão tornava-se a primeira das damas do novo soberano de Portugal, mas o casamento durou pouco mais de um ano e, para grande tristeza de D. Manuel a sua doce mulher esvaiu-se em sangue aquando do nascimento do seu primeiro filho, D. Miguel. Era preciso arranjar uma nova mulher. D. Maria de Aragão, sua cunhada com quem casou em 1500. Mas mais uma vez o fim seria trágico. D. Manuel voltava a cair numa profunda tristeza ao ver a sua amante, fiel companheira e conselheira dar o último suspiro em 1517. Não era justo passar pelo mesmo sofrimento. D. Manuel ameaçou abdicar em nome do seu filho D. João, retirar-se para um mosteiro, mas para surpresa de muitos, ao olhar para o retrato de D. Leonor de Aragão, prometida do seu filho e herdeiro D. João III, o soberano enamorou-se de novo.
A minha opinião:
Depois de uma sinopse tão reveladora daquilo que é As Mulheres de D. Manuel I pouco há a dizer sobre a estória amorosa deste magnífico rei português. Um rei que María Pilar Queralt del Hierro retratou como um rei amoroso, amigo das suas mulheres e que as faria morrer de amor por ele, embora ao início, todas elas fossem contra o casamento.
A primeira, D. Isabel, (viúva do seu primo D. Afonso, futuro rei de Portugal) após a morte do seu primeiro marido decide voltar ao seu país Natal e, sofrendo com o desgosto, e após cortar os cabelos, toma a decisão de se refugiar no convento de Clarissas de Tordesilhas. Porém, a sua mãe, Rainha Isabel de Castela, é contra essa decisão, o que deixa a jovem princesa desgostosa.
Sofrendo pela morte do seu sobrinho estava também D. Manuel, duque de Viseu. Mas este não era o único desgosto de que padecia. Secretamente D. Manuel já há muito se sentia atraído pela mulher do sobrinho, e como esta tinha regressado a Espanha era saudade que o seu coração sentia por não mais a ver.
No entanto, com a morte de D. Afonso, o sucessor ao trono passou a ser precisamente D. Manuel e este achou por bem fazer uma proposta aos reis de Castela com o intuito de casar com a sua filha Isabel.
Apesar de contra a vontade dos pais, Isabel lá acedeu em casar com D. Manuel, mas impôs uma condição: como boa cristã que era, à semelhança do que já acontecera em Castela e Aragão, todos os judeus ou muçulmanos que se recusassem a converter ao cristianismo seria expulso de Portugal. “Só serei soberana de um reino cristão”, disse.
Assim, D. Manuel promulga um decreto satisfazendo os desejos da mulher e mais de vinte mil judeus se concentraram em Lisboa para serem baptizados. Apenas uns anos antes, D. João II tinha aberto as portas do reino a muitos dos judeus fugidos das terras castelhanas depois do decreto de expulsão promulgado pelos Reis Católicos.
Porém, este casamento não iria durar muito tempo. Ao dar à luz o primogénito, Miguel da Paz, D. Isabel morre um ano após o casamento. Dois anos depois também o seu filho viria a falecer.
Devido a não ter um herdeiro ao trono de Portugal, e apesar da dor que sente pela morte da sua amada, D. Manuel decide casar novamente e fá-lo com a sua cunhada, irmã de Isabel, Maria de Trastâmara. Tal como a irmã, Maria não aceita inicialmente a proposta, embora como todos sabemos, a vontade das mulheres e, sobretudo das princesas, não era tomada em conta e Maria teve de partir para Portugal para casar com D. Manuel. E depressa se apaixona por ele. Dois anos depois nasce o primogénito do casal, futuro rei de Portugal D. João III. Apesar de dar muitos rebentos ao rei português, Maria morre cedo e deixa D. Manuel novamente de rastos. O rei de Portugal chega mesmo a pensar abdicar do trono para o seu filho D. João, e chega inclusive a arranjar casamento com Leonor de Habsburgo sua sobrinha, filha da irmã de Isabel e Maria, Joana, a Louca. Porém, mal vê o seu retrato, D. Manuel vê retratada D. Maria e muda de ideias, decidindo casar com ela no lugar do marido e continuar na trono.
Para quem gosta de história este é um livro que vale a pena ler. Não sabia que as duas primeiras mulheres de D. Manuel eram irmãs de Joana, a Louca, que enlouqueceu por amar demais o marido, Filipe, o Belo; e a Catarina de Aragão, mulher de Henrique VIII, que foi bastante infeliz na corte inglesa. Todas as filhas dos reis Católicos Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela eram tidas como inteligentes e belas e foram grandes figuras da história europeia. Para quem não gosta de história também vale a pena ler porque a autora escreveu um livro atractivo e tudo menos maçador com muito romance à mistura.
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