sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O Sétimo Véu - Rosa Lobato de Faria [Opinião]

Título: O sétimo véu
Autor: Rosa Lobato de Faria
N.º de Páginas: 224
PVP: 10€

Sinopse:
Lar é onde se acende o lume e se partilha mesa e onde se dorme à noite o sono da infância.Lar é onde se encontra a luz acesa quando se chega tarde.Lar é onde os pequenos ruídos nos confortam: um estalar de madeiras, um ranger dos degraus, um sussurrar de cortinas.Lar é onde não se discute a posição dos quadros, como se eles ali estivessem desde o princípio dos tempos. Lar é onde a ponta desfiada do tapete, a mancha de humidade no tecto, o pequeno defeito no caixilho, são imutáveis como uma assinatura desconhecida. Lar é onde os objectos têm vida própria e as paredes nos contam histórias. Lar é onde cheira a bolos, a canela, a caramelo.Lar é onde nos amam.

A minha opinião

“Uma mulher procura a razão do seu inexplicável sentimento de culpa na história da sua família. Que memórias terá herdado, que circunstâncias poderão tê-la condicionado? Uma saga familiar, ao longo do último século, no discurso directo de várias narradoras. Um romance que atravessa o século XX português.”Uma empregada que era os olhos e os ouvidos daquela casa, sabendo de tudo que se lá passava.”’A Mila sabe’, devia ser a frase mais ouvida naquelas salas e naqueles quartos.” Uma mulher pertencente à aristocracia, que já não o era, porque vivia numa pobreza escondida. “Nasci numa daquelas famílias da pequena aristocracia decadente cuja condição económica era costume designar por pobreza envergonhada.” Histórias de pessoas de diferentes níveis que me cativou bastante, como já é normal nos romances de Rosa Lobato de Faria. Lembro-me de ter comprado este livro, um dos que faltava na minha colecção da autora, até à data o último, e qual não foi a minha surpresa e alegria quando vi a autora na Feira do Livro do Porto. Pensei: “aqui está uma oportunidade para conhecer melhor a pessoa que me deixa sonhar quando estou a ler um livro seu e aproveitar para ter um livro autografado. Ao contrário do prazer que tenho em ler os seus livros, a escritora, talvez por já estar cansada em estar ali todo o dia, não mostrou qualquer simpatia por esta leitora tão assídua. Foi pena. Gostaria de ter trocado algumas impressões sobre a sua obra. Mas ficará para uma próxima vez, talvez.












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A Alma Trocada - Rosa Lobato de Faria [Opinião]


Título: A Alma TrocadaAutor: Rosa Lobato de Faria
N.º de Páginas: 176
PVP: 10€

Sinopse:
É um lugar comum dizer-se que determinada orientação sexual não é uma escolha, porque, se fosse, ninguém escolheria o caminho mais difícil.

Foi esse caminho mais difícil que Teófilo teve de percorrer, desde a incompatibilidade com os pais, aos desencontros dentro de si próprio, chegando mesmo a acreditar que alguém lhe tinha trocado a alma...

A minha opinião:

Rosa Lobato de Faria aborda neste livro um tema diferente daqueles que tem habituado os leitores mais assíduos, (como é o meu caso): a homossexualidade. Poder-se-ía dizer que o romance teria algo de arriscado, mas o tema está tão bem descrito e de uma forma tão bonita e simples que é difícil o resistir.

Teófilo de Deus é o nome do protagonista que está noivo de uma jovem rapariga nova rica, noivado esse que faz as delícias da sua mãe, ‘dondoca’. No entanto, o professor de francês esconde uma paixão secreta.

“Hoje em dia todos sabem que se nasce homossexual como se nasce canhoto. Não é uma escolha… o Hugo pode ajudar-me. Com a sua paciência, o seu sentido de humor. Ao pé dele parece fácil, natural. Gostava de me sentar com ele à mesa dos meus pais e dizerf, o Hugo é o meu namorado… e os meus pais haviam de dizer, olá Hugo, seja bem-vindo.”

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Prémios Máxima 2008






Os Prémios Máxima 2008 já foram atribuídos. Este ano as contempladas foram Teolinda Gersão, Irene Flunser Pimentel e Teresa Font foram as vencedoras dos Prémios Máxima 2008, atribuídos a obras publicadas por autoras portuguesas no ano anterior.

Relativamente ao Prémio Máxima de Literatura, a vencedora foi Teolinda Gersão com o livro "A mulher que prendeu a chuva", uma colectânea de contos. Irene Pimentel, historiadora, de 57 anos, foi, inclusive, a vencedora da 20.ª edição do Prémio Pessoa. Autora de "A História da Pide" e "Mocidade Portuguesa Feminina" tem centrado a sua actividade na história das instituições do Estado Novo. Trata-se da terceira historiadora a ser contemplada com o Prémio Pessoa, depois de José Mattoso (1987) e de Cláudio Torres (1991).

O Prémio Máxima Revelação foi atribuído a Teresa Font com o romance "Foi assim que aconteceu", a sua estreia na ficção. O livro de Teresa Font é um "thriller" com acção em pleno Verão quente de 1975, envolvendo a morte de uma jovem mulher.

O júri foi constituído por Maria Helena Mira Mateus, Francisco José Viegas, Leonor Xavier, Madalena Fragoso e Laura Torres (directora da revista).
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