tag:blogger.com,1999:blog-6251947579639171660.post916753960904949604..comments2023-10-14T16:46:02.036+01:00Comments on Marcador de Livros: O Homem de Constantinopla - José Rodrigues dos Santos [Opinião]Maria Manuel Magalhãeshttp://www.blogger.com/profile/07893779419591466839noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-6251947579639171660.post-27228783375398318342013-10-03T00:00:47.695+01:002013-10-03T00:00:47.695+01:00Eu sou um bocado suspeita porque sou completamente...Eu sou um bocado suspeita porque sou completamente fã do José Rodrigues dos Santos, tanto enquanto escritor, como enquanto jornalista. Tenho uma forte identificação com ele (com as ideias dele, quero dizer) há muitos anos. Por isso, também não podia deixar de gostar deste. Mas realmente uma coisa que também me desiludiu um bocado foi o facto da cultura ser um bocado deixada de lado. Faliu-se pouco de cultura e muito de negócios e petróleo. A pergunta que se dizia estar sempre presente ao longo do livro, "O que é a beleza", não esteve assim tão presente como eu esperava, e acaba por ser um bocado deixada de lado. Mas se o Calouste (ou Kaloust) foi assim... <br />Uma coisa que não me chocou nem entristeceu neste romance e que costuma chocar ou, pelo menos entristecer, foi o adultério. E porquê? Precisamente porque nunca houve amor entre o Kaloust e a Nunuphur :) ... Aquele casamento não passou de um bom negócio, tanto para um como para o outro, portanto... Tanto que quando ele praticamente sai de casa para ir viver no hotel, é-nos dito que ela não gosta muito, mas enfim... Até me ri e pensei "Olha, reagiu como uma mulher a quem o marido diz que vai numa viagem de trabalho e que só volta dali a dois dias... Não gosta muito porque estava a planear um passeio no dia seguinte, mas paciência..."<br />Em relação às "meninas" também não me chocou por aí além porque elas não eram propriamente crianças e sabiam o seu papel na vida dele.<br />No fundo, o que mais me entristeceu no meio disto tudo é o facto do Kaloust nunca ter amado verdadeiramente uma mulher na vida. Nunca se ter apaixonado. Aquela paixão, aquele sentimento, que vemos no final , no filho em relação à Marjan, nunca vimos no pai... Isto é curioso, sendo ele um homem virado para as artes (que afinal não foi tanto assim).<br />Adorei o livro e já penso no próximo. Desculpe o testamento :)Sãohttps://www.blogger.com/profile/10700697904087409447noreply@blogger.com